CEA adota revezamento entre os alimentadores devido restrição na geração de energia

21/01/2015 – Devido à permanência da restrição na geração de energia com o fato ocorrido na subestação de Santana, de propriedade da Eletronorte, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) vem adotando revezamento entre os alimentadores como meio preventivo de evitar desligamento de maiores proporções.

O diretor de Operação (DOP) da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), Ubiracy do Amaral, realizou na manhã desta quarta-feira (21), uma reunião com setores vinculados a DOP para avaliar problemas relacionados à geração de energia, assim como fazer um diagnóstico das áreas afetadas com os desligamentos que tem ocorrido. Na sala do Departamento de Distribuição da CEA (foto) o diretor da DOP ouviu as explicações sobre o revezamento.

Ubiracy do Amaral relatou que as interrupções no fornecimento de energia elétrica ocorrida no município de Santana, desde a madrugada do dia 19/01, foram devido a um curto-circuito nos cabos subterrâneos da Subestação Santana, provocando a paralisação de 45 MW que integram a Usina Santana I, de propriedade da Eletronorte.

Segundo ele, o defeito provocou o desligamento das subestações que atendem Macapá, Santana e Mazagão. “Porém, os danos no setor de distribuição da Subestação Santana, que supre energia para os alimentadores Mazagão, Paraíso, Duque de Caxias e Matapi, foram permanentes, deixando esses alimentadores fisicamente sem alimentação”, afirmou.

A Companhia de Eletricidade ao ser comunicada sobre a extensão do problema causado pelo curto-circuito dentro da subestação da Eletronorte, imediatamente trabalhou para remanejar parte desses alimentadores para outras subestações. A ação reduziu as áreas desligadas dos alimentadores Paraíso (Santana) e Duque de Caxias (área da Rodovia). No entanto, a equipe técnica da CEA não teve opção de remanejar as cargas dos alimentadores Mazação e Matapi, pois os mesmos não fazem fronteira com nenhum outro alimentador. Estes remanejamentos, entretanto, somente foram possíveis nos períodos de carga leve, visto que à tarde e à noite seus carregamentos não permitiram.

O diretor Ubiracy do Amaral explicou que nessas condições, apenas dois dos quatro alimentadores (Mazagão, Paraíso, Duque de Caxias e Matapi) poderiam ser energizados ao mesmo tempo, os demais teriam que racionar. Naquele momento a opção da CEA foi energizar os alimentadores Mazagão e Paraíso, porém o alimentador Mazagão apresentou uma energia reativa muito elevada, ultrapassando a capacidade disponibilizada no respectivo setor. Por medidas de segurança, a Eletronorte solicitou que o alimentador Mazagão fosse substituído por outro de menor carregamento, redução que foi conseguida com a indicação do alimentador Matapi.

Além da limitação física no setor de distribuição da Subestação Santana, o defeito retirou de operação 45 MW de potência da Usina Santana I. A perda exigiu, como compensação, que a UHE Coaracy Nunes gerasse a sua potência máxima possível neste período. Mesmo assim, ainda resultou um déficit de 20 MW nos horários de maior consumo (à tarde e à noite), desequilíbrio que impôs a necessidade de racionamentos em Macapá, durante esses horários.

Ubiracy do Amaral explicou que esta situação permaneceu durante toda a noite do dia 19, porém na manhã do dia 20, no período de carga leve, a CEA substituiu o alimentador Paraíso pelo alimentador Mazagão, e o alimentador Matapi pelo alimentador Duque. Além dessa medida, devido à permanência da restrição na geração, a CEA continuou com o racionamento de 20 MW nos horários de carga máxima em Macapá.

Informações repassadas pela Eletronorte na manhã desta quarta-feira (21) indicam que, provavelmente, os materiais necessários para corrigir o defeito chegarão quinta-feira (22). Até lá a CEA informa que será necessário continuar com o revezamento entre os alimentadores Mazagão, Paraíso, Duque de Caxias e Matapi, no setor de distribuição da Subestação Santana, e racionar 20 MW ou mais, dependendo do nível de reservatório da UHE Coaracy Nunes, em Macapá nos períodos de carga máxima.

Mauro Silva

Ascom/CEA

O que você pensa sobre este artigo?

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.