Núcleo de pesquisas “Proteção de Plantas” ganha estrutura moderna

As pesquisas relacionadas à proteção de plantas, desenvolvidas pela Embrapa Amapá (Macapá-AP), ganharam um reforço com o novo prédio destinado à recepção, armazenamento e análises de material dos experimentos laboratoriais. A estrutura abriga os laboratórios de Entomologia Agrícola, Controle de Pragas, Fitopatologia e Controle Biológico. “O ambiente é maior e integra várias áreas do conhecimento vinculadas à proteção de plantas, além de proporcionar um ambiente mais adequado para a equipe de pesquisadores e seus colaboradores, e os nossos visitantes”, acrescentou o Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Ricardo Adaime da Silva.

O novo prédio atende a uma necessidade do Núcleo Temático (NT) “Proteção de Plantas”, um dos cinco núcleos de pesquisas da Embrapa Amapá. Este NT engloba atividades relacionadas à proteção de diversas culturas agrícolas desenvolvidas pelos produtores do estado do Amapá. “Nossos estudos entram na área da entomologia (estudo dos insetos) e da fitopatologia (estudo de doenças de plantas). Outra linha abordada pelo Núcleo é o estudo de ervas daninhas, plantas que não são favoráveis ao cultivo”, explicou a pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus Barros, supervisora do Núcleo Temático “Proteção de Plantas”. Atualmente o foco dos trabalhos deste NT são as pragas de importância econômica e quarentenárias, a exemplo da mosca-da-carambola que só tem ocorrência nos estados do Amapá e Roraima.

Construído para proporcionar melhor organização dos materiais a serem analisados, o novo prédio possui salas de recepção de amostras integradas diretamente aos respectivos laboratórios, atende itens de segurança como chuveiros lava-olhos no corredor, uma sala de limpeza e esterilização e armazenamento de soluções químicas, e sala de reagentes. Como parte do Laboratório de Entomologia Agrícola funcionam os ambientes específicos para manutenção da coleção de insetos e para criação de mosca-da-carambola. A pesquisadora Cristiane Barros explica que, dentre os insetos da coleção da Embrapa Amapá há exemplares de 32 espécies de moscas-das-frutas coletadas no estado do Amapá, incluindo alguns parasitoides. Todos estão resguardados em “armários entomológicos”, como são chamadas as gavetas de madeira adequadas para proteger esse tipo de material. Na sala de criação de mosca-da-carambola, autorizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por tratar-se de uma praga quarentenária presente, está a expectativa dos pesquisadores em realizar experimentos de controle biológico e químico.

O principal objetivo do NT “Proteção de Plantas” é melhorar a produtividade das culturas, para minimizar os efeitos da ação dos insetos, das doenças e das plantas não desejáveis, fazendo com que as culturas atingidas tenham uma produtividade melhor. A equipe de trabalho é composta por pesquisadores entomologistas, um especialista em controle biológico, uma fitopatologista e um especialista em plantas daninhas. Segundo Cristiane Barros, foram eleitas prioridades de pesquisas. “Nosso foco no momento é o estudo da mosca-da-carambola. Também vamos atuar com estudos sobre a lagarta Helicoverpa armígera,que se tornou uma das principais pragas que atingem as plantações brasileiras”, acrescentou a pesquisadora.

Os temas de trabalhos deste grupo de pesquisa é transversal e tem relação com várias outras áreas de pesquisas da Embrapa. Desta forma, desenvolve pesquisas ligadas aos NT’s Sistemas Sustentáveis de Produção Agropecuária, Conservação e Uso dos Recursos da Biodiversidade e Recursos Florestais. Entre as instituições parceiras do NT “Proteção de Plantas” estão o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e produtores em vários municípios do Amapá.

Assessoria de Comunicação
Dulcivânia Freitas

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