Lemos cobra empenho dos deputados na apuração dos envolvidos na operação Créditos Podres II

O líder da oposição na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), deputado Paulo Lemos (PSOL), usou o Grande Expediente, na sessão desta terça-feira, 13, para cobrar dos deputados maior empenho nas investigações da operação Créditos podres II, deflagrada pela Polícia Federal, há sete dias.

A ação apura envolvimento de servidores da Alap em suposta fraude de compensação de créditos previdenciários inexistentes.

Lemos propôs aos deputados criação de uma comissão especial para investigar a participação dos acusados de envolvimento no esquema e que os servidores citados na operação fiquem afastados de suas atividades até que os fatos sejam apurados por completo. “Precisamos mostrar que essa legislatura é diferente. Respeitar a decisão do povo, que renovou esta Casa em mais de quarenta por cento”, disse o deputado.

Segundo Lemos, este pronunciamento deveria ter sido feito na última quarta-feira, 7, dia em que foi deflagrada a operação. “Mas, como era esperado por todos e pela imprensa que cobre as sessões, o plenário foi esvaziado por conta da ação da PF no prédio da Alap”, alegou o deputado. “Sou contra esse tipo de atitude, que se exime da responsabilidade em dar resposta imediata à sociedade. Eu não sou Ladrão e jamais me calarei sobre o que acontece de errado nesta legislatura. Temos de investigar”, insistiu.

O presidente da Alap, Moisés Souza (PSC), retrucou a fala de Lemos, dizendo que a Corregedoria da Alap já acompanha o desenrolar da operação Créditos Podres. “Sua proposta pode querer antecipar aos trabalhos do corregedor”, disse Moisés. Ele assegurou que a Alap está em dia com a Receita Federal e que nada pesa contra a Assembleia Legislativa.

O líder do Governo na Alap, deputado Ericláudio Alencar (PRB), defendeu a proposta de Lemos em criar uma comissão especial para averiguar a participação dos envolvidos no esquema. Explicou ao presidente que, se não há nada de errado, não há porque negar que se investigue o caso pelos parlamentares. “Portanto, não vejo problema em investigarmos a participação de servidores neste caso. Isso é garantir transparência em nossas ações”, disse.

Ascom/Paulo Lemos

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