Gravidez, zika vírus e microcefalia: saiba como se proteger

O Ministério da Saúde confirmou neste final de semana a relação entre o zika vírus e o surto recente no Nordeste do Brasil de casos de microcefalia, uma má-formação do cérebro que pode trazer limitações ao desenvolvimento da criança. O avanço dos casos está relacionado à infecção das gestantes pelo zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da chikungunya.

Ainda não há vacina contra o zika. Mulheres grávidas e não grávidas podem se proteger do mosquito da mesma maneira: eliminando criadouros, usando roupas que cobrem o corpo, como calça e camisa de manga comprida, e aplicando repelente nas áreas que ficam expostas.
Dos 1.248 casos suspeitos de microcefalia neste ano no país, 1.219 estão no Nordeste. Pernambuco é o estado com o maior número: 646 casos.
Mais de 80% dos casos são assintomáticos, mas o vírus pode causar febre, manchas avermelhadas no corpo, irritação nos olhos e dores nas articulações, musculares e de cabeça. Estes sintomas desaparecem em três a sete dias. O Ministério reforçou o chamado para uma mobilização nacional para não deixar que o mosquito se reproduza e faça novos criadouros em água parada.
Entenda a microcefalia
Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça da pessoa é significativamente menor que a de outros da mesma idade ou sexo. Esta crescimento anormal do cérebro pode ocorrer no útero ou durante a infância. São várias as possíveis causas de microcefalia – desde consumo de álcool na gravidez até anomalias genéticas – e, normalmente, a sua consequência é algum grau de problemas de desenvolvimento. Crianças com microcefalia têm problemas de desenvolvimento. Não há cura para o problema, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida. Até então a relação entre zika vírus e microcefalia era desconhecida.
Entenda a febre zika
A febre zika, ou simplesmente zika vírus, é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue da febre chikungunya. O vírus Zika teve sua primeira aparição registrada em 1947, quando foi encontrado em macacos da Floresta Zika, em Uganda. O Brasil notificou os primeiros casos de Zika vírus em 2015, no Rio Grande do Norte e na Bahia. O contágio se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

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