Governo do ES indicia 703 PMs, corta salários e ameaça com expulsões

Entre os 703, estão cabos, soldados e subtenentes. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO ES

Ao menos 703 policiais militares do Espírito Santo foram indiciados, nos últimos dois dias, pelo governo estadual por participação no movimento que deixou o Estado sem policiamento desde sábado (4). Eles terão o ponto cortado a partir do início da paralisação, no último sábado (4), e não irão receber as férias, segundo o comandante da PM, coronel Nylton Rodrigues.

O número de indiciamentos, porém, deve crescer, avalia o coronel. “É a primeira leva”, complementou o secretário de Segurança capixaba, André Garcia. “Estamos diante da prática de crimes militares”, disse, lembrando que isso impactará em “consequências quanto às carreiras desses indivíduos aquartelados”.

Entre os 703, estão cabos, soldados e subtenentes. Para o comandante, “esse movimento caracteriza-se pelo envolvimento dos PMs com menos tempo de serviço”.

Os indiciados ainda poderão ser presos, de acordo com Rodrigues. “Quando ocorre desobediência, é um crime militar. Neste caso, evoluiu para motim, quatro a oito anos de detenção. Neste caso, evoluiu para revolta, com os policiais agrupados e armados dentro do quartel, com pena de 8 a 20”. Eles serão julgados pela Justiça Militar.

“Se for necessário indiciar, expulsar, expulsaremos quem for necessário”, diz o comandante.

Desde o início da paralisação, os policiais dizem que a mobilização dos familiares é espontânea, sem envolvimento deles. Essa versão não tem o apoio do governo. “Não é verdade que as mulheres estão proibindo os PMs de saírem dos batalhões”, diz Rodrigues.

 

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