Jararacas do Museu da Amazônia serão utilizadas em projeto de pesquisa inédito

O objetivo do estudo é verificar se os venenos das serpentes do Amazonas têm composição e atividades biológicas semelhantes aos de B. atrox coletadas em outros estados, como Pará

Nesta terça-feira (3) um grupo de pesquisadores vai fazer a extração do veneno de oito jararacas-do-norte (Bothrops atrox) no Museu da Amazônia. O serpentário do Musa é um criadouro científico de animais peçonhentos da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT/HVD). O trabalho faz parte do projeto de pesquisa de pós-doutorado da bióloga Valéria Mourão de Moura que é supervisionado pelo Dr. Wuelton Marcelo Monteiro, do Centro de Pesquisa Clínica em Envenenamento por Animais (CEPCLAM/FMT).

Para extração dos venenos foi confeccionada uma caixa especial. Nela será colocada a serpente sob uma proteção e gelo seco para anestesiar o animal. A extração de veneno será feita pelo pesquisador Hipócrates de Menezes Chalkidis da Universidade da Amazônia (Unama) de Santarém (PA), com acompanhamento do responsável pela manutenção das serpentes no Musa, o veterinário Anselmo d’Affonseca. Após extração, serão analisadas individualmente em laboratório a composição química dos venenos em parceria com Instituto Butantan, e as atividades biológicas em parceria com Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

O objetivo é verificar se os venenos das serpentes do Amazonas têm composição e atividades biológicas semelhantes aos de B. atrox coletadas em outros estados, como Pará. Além disso, avaliar o poder neutralizante do antibotrópico frente às ações do veneno. As informações geradas por esse estudo poderão fornecer subsídios para o conhecimento do Acidente Ofídico causado por B. atrox, bem como a correlação das toxinas presentes no veneno e seus efeitos induzidos nos pacientes do Amazonas.

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