Aumento da temperatura deve influenciar insetos e afetar cadeia alimentar em rios

Mudança deve resultar na diminuição da produção de matéria orgânica, que é alimento para outros insetos e peixes

Em fevereiro de 2016, resultados preliminares do estudo desenvolvido pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Renato Tavares Martins, indicavam que as mudanças climáticas poderiam alterar as cadeias alimentares aquáticas na Amazônia.

O estudo foi concluído neste ano e comprovou que o aumento da temperatura deve influenciar negativamente insetos fragmentadores e, consequentemente, resultar na diminuição da produção de matéria orgânica, que é alimento para determinados organismos, como outros insetos e peixes. Os fragmentadores são animais que se alimentam de folhas, gravetos ou troncos e, assim, cortam esses materiais em pedaços bem pequenos. Tais pedaços podem ser usados como alimento por outros animais que não conseguem se alimentar diretamente das folhas.

Intitulado “Efeitos das mudanças climáticas sobre os micro-organismos e a fragmentação foliar por Phylloicus sp. (Trichoptera: Calamoceratidae): estudos em microcosmos”, o estudo teve início em 2013 e contou com o apoio do Governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) por meio do programa FIXAM – que tem como proposta contribuir com a fixação de pesquisadores na região.

O estudo contou com o apoio de bolsistas de apoio técnico, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) e professores da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e da Universidade de Coimbra. Ao todo, 14 pessoas contribuíram com o andamento da pesquisa, coordenada pelo doutor em Entomologia e biólogo Renato Tavares.

Veja íntegra na Folha do Progresso

 

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