Astrônomos podem ter encontrado “segunda Terra” no espaço

ANDRÉ JORGE DE OLIVEIRA

Desde que a anã vermelha superfria TRAPPIST-1 foi descoberta, em 2016, não passou muito tempo sem frequentar as manchetes do noticiário internacional. E a fama não é para menos: ela abriga sete mundos potencialmente rochosos e ricos em água. Situada a meros 40 anos-luz, fornece aos cientistas o laboratório perfeito para entender melhor como os planetas se formam — e como a vida pode se desenvolver sobre eles.

Em um artigo aceito para publicação no periódico Astronomy & Astrophysics, uma equipe internacional de pesquisadores descreve suas mais novas descobertas a respeito deste sistema planetário tão peculiar. Os cientistas embasaram seu estudo em observações subsequentes de TRAPPIST-1 feitas pelo projeto SPECULOOS, no Observatório Paranal (ESO), no Chile, e nos telescópios espaciais Spitzer e Kepler, da Nasa.

No cerne da pesquisa está o desenvolvimento de uma poderosa simulação computacional capaz de empregar todos os dados disponíveis em modelos que reproduzem em detalhes o funcionamento do sistema TRAPPIST-1. Liderados por Simon Grimm, da Universidade de Bern, na Suíça, o time conduziu cálculos precisos para determinar com mais exatidão a densidade daqueles mundos.

Eles concluíram que alguns deles podem conter até 5% de sua massa composta por água — o equivalente a 250 vezes mais que os oceanos da Terra. Os três primeiros planetas (b, c, d), mais quentes, provavelmente abrigam espessas atmosferas, enquanto os três mais distantes (f, g, h), por receberem pouca radiação solar, devem ter superfícies congeladas.

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