83% dos desempregados não estão bem informados sobre reforma trabalhista

Para 31% dos brasileiros que estão desempregados, as alterações não devem ter qualquer efeito no mercado de trabalho, enquanto 26% não possuem opinião formada pelo assunto

Um levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) chegou à conclusão que 83% dos desempregados do país não estão bem informados sobre a reforma trabalhista. Apenas 16% reconhecem ter conhecimento suficiente sobre o assunto.

As novas regras estão em vigor desde novembro, mas ainda há muitas incertezas. A mudança na legislação trouxe algumas novidades, como alteração na jornada de trabalho, possibilidade de divisão das férias em três períodos, permissão de tempo menor para o almoço.

Para 31% dos brasileiros que estão desempregados, as alterações não devem ter qualquer efeito no mercado de trabalho, enquanto 26% não possuem opinião formada pelo assunto. Além disso, 24% dos entrevistados acreditam que haverá diminuição dos postos de trabalho. Apenas 19% esperam aumento na quantidade de vagas.

José Cesar da Costa, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), entidade que também participou da pesquisa, disse, em comunicado à imprensa, que é preciso derrubar alguns mitos sobre o que considera a “modernização” das leis trabalhistas.

“A visão negativa que alguns consumidores têm sobre as alterações está relacionada ao desconhecimento a respeito do tema, como aponta a pesquisa”, afirmou Costa. “Apesar da reformulação, direitos considerados fundamentais para os trabalhadores foram mantidos na nova configuração, como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o décimo terceiro salário, o seguro desemprego e a licença maternidade, por exemplo”, completou.

A expectativa é de que os efeitos da reforma não seja sentida de forma imediata, mas num processo lento, com a saída da recessão. “A recente modernização das leis é importante para o país superar os problemas de produtividade. Com a economia melhorando, mais empresários tendem a aderir às novas regras”, apontou Costa.

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