5 motivos pelos quais você está sentindo dores de cabeça

Os principais gatilhos estão associados a fatores característicos de nossa sociedade pós-contemporânea, tal como a ansiedade e crescente influência do mundo digital

Vitória Batistoti

Desde que a cabeça existe, as dores de cabeça também. A estimativa é que esse incômodo craniofacial esteja há mais de nove mil anos acompanhando o homem, exigindo que mentes pensantes (e dolorosas) articulem novos métodos, medicamentos e formas para driblá-las.

Por enquanto, ainda não há nenhum milagre capaz de extinguir as cefaleias – como são conhecidas no meio científico– para sempre, mas não faltam esforços para tentar entender mais sobre essa dor que acomete cerca de 50% da população do planeta, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Hoje já entendemos muito sobre ela: primeiro, que devemos mencioná-la no plural, até porque existem mais de 200 tipos de dores diferentes. Sabemos, também, que elas estão associadas a diversos gatilhos que mudam de tempos em tempos e de geração para geração. Por exemplo, se hoje sentimos dores de cabeça após olhar para telas digitais por horas seguidas, nossos antepassados, possivelmente, eram acometidos pelo desconforto por outras razões.

A tendência é que nosso contato com a tecnologia venha a se tornar um gatilho ainda mais forte daqui para frente. É isso que indica a pesquisa “O futuro da dor de cabeça”, encomendada por Neosaldina e conduzida pela WGSN Mindset. O estudo levantou quais serão os cinco principais fatores associados às cefaleias nos próximos anos e, além do mundo digital, outras características da sociedade pós-contemporânea também aparecem como problemas:

1. Ansiedade
Antes de ser um vista como um estímulo para dores de cabeça, a ansiedade já é um mal social por si só. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 9,3% da população brasileira sofre do transtorno mental, o que configura o Brasil como o país líder da patologia em todo o globo.

“A ansiedade normal nos ajuda a funcionar mas, em excesso, pode afetar nossa concentração, memória, qualidade de sono e gerar tensão e contração muscular, que são gatilhos para dor de cabeça”, afirma a psicóloga especialista em cefaleias, Juliane Prieto Mercante. “As pessoas ansiosas focam mais no resultado negativo das coisas e vivem mais no futuro do que no presente.”

Segundo Mercante, como as emoções influenciam nas sensações, a dor chega mais fácil a nesses indivíduos. Por isso, na visão da psicóloga, o ideal é cultivar pensamentos mais positivos e otimistas.

A alimentação também tem relação com essa sensação. “Mastigar é um movimento mecânico que traz relaxamento e comer alimentos que liberem serontonina também. Porém, quando estamos nervosos, comemos em excesso e antecipamos o resultado negativo do que comemos, alimentando um ciclo de pensamentos negativos”, diz a nutricionista Marcia Daskal, que também afirma que o jejum é um gatilho forte para as cefaleias.

Outro ponto que a especialista ressalta são os hábitos alimentares decorrentes de uma rotina corrida. “Chegamos em casa cansados e optamos por alimentos congelados, com muito sal e muita gordura. Tendemos também a usar estimulantes (como café) para driblar esse cansaço. Porém, dependendo da dose, eles podem aumentar os níveis de cortisol no organismo, gerando sudorese, crise de pânico, pressão alta, taquicardia, etc.”

Saiba mais no site da Revista Galileu

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