Emília Monteiro canta ritmos da Amazônia em CD e clipe

Crescida no Amapá, ela une o marabaixo e o batuque, e faz show sexta-feira no Sesc

Artista evoca a cultura musical dos estados do Amapá e Pará. Foto: Divulgação

Nascida em Minas Gerais, crescida no Amapá e radicada em Brasília, a cantora e atriz Emília Monteiro escolheu os ritmos da Amazônia e do Caribe para representar Brasil afora e gravar em seu primeiro CD, “Cheia de Graça”, de 2013.

É esse repertório que ela traz pela primeira vez a Santos, em apresentação sexta-feira (10), às 21 horas, na Comedoria do Sesc, dentro da 5ª Mostra de Arte Popular do Maracatu Quiloa. A entrada é franca.

Filha de pais amapaenses, Emília traz, em sua música e figurino, elementos regionais de dois estados do Norte brasileiro: Amapá e Pará, que “fazem parte de sua essência como pessoa”, como diz.

“Nasci em Minas por um acidente de percurso. Vivi até os 5 anos de idade no Macapá (capital do Amapá) e lembro-me de que, nas rádios locais, tocavam muitas músicas caribenhas. Isso influenciou a minha formação cultural”, conta.

O álbum de estreia representa a retomada da carreira musical por Emília, após um hiato de dez anos. “Dediquei-me à maternidade. Hoje, tenho duas filhas, uma de 13 e outra de 16 anos, que me acompanham em tudo. Elas ressignificaram minha vida pessoal e artística, pois decidi retomar a minha ancestralidade nesse retorno à música”, conta ela, que, em seu primeiro registro em CD, revisitou os ritmos que marcaram sua infância.

Em “Cheia de Graça”, canta uma composição de uma artista muito popular no Pará, a Dona Onete, que fez, especialmente para ela, o carimbó “Eu Quero Esse Moreno Pra Mim”. “Eu conheci Dona Onete na internet, ao ouvir sua música “Moreno Morenado”. Um dia, liguei para ela e brinquei ‘dona Onete, eu quero esse moreno pra mim’. Tempos depois, ela fez essa canção e me deu”, conta. A parceria rendeu o primeiro clipe da carreira de Emília, para a sensual “Veneno de Cobra”, com participação de Dona Onete e um visual repleto de referências à Amazônia.

A apresentação no Sesc traz músicas de outros artistas, entre eles o rei do carimbó Pinduca e a banda Calypso, e faixas da nova geração, como a cantora Lia Sophia.

Na passagem por Santos, a cantora se apresenta ao lado da bateria, guitarra e do baixo do grupo Passo Largo, de Brasília, além de trompete e percussão. O show é parte de um projeto de circulação do Fundo de Apoio à Arte e Cultura da Secretaria de Cultura e Governo de Brasília.

O Sesc fica na Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida.

 

A Tribuna

O que você pensa sobre este artigo?

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.