Ao menos 30 mil venezuelanos já migraram para Roraima

O abrigo de Boa Vista é mantido pelo governo do estado e entrou em funcionamento em dezembro do ano passado. Foto: Reprodução Wikipédia

Durante o ano de 2016, Roraima viu crescer o fluxo migratório de venezuelanos no estado. Foram cerca de 30 mil estrangeiros, segundo estimativa do governo estadual. O ministério da Justiça fala em 15 mil migrantes.

Na capital, Boa Vista, é possível vê-los por toda parte. Fazendo malabares ou limpando para brisas nos semáforos, vendendo artigos pelos bares e restaurantes ou em busca de suporte no Centro de Referência ao Imigrante, um ginásio de esportes na zona oeste da cidade que virou a casa de centenas deles.

No local, logo nas primeiras horas da manhã, um grupo de voluntários da Organização Não Governamental Fraternidade se reúne com os assistidos para distribuir as tarefas do dia, como a preparação da comida e a limpeza das dependências do ginásio.

Jhony Aleandro Torres, de 38 anos, gosta de trabalhar na cozinha. Geralmente ele faz o trivial: arroz, carne cozida e legumes.

Na Venezuela, ele perdeu o emprego na área de serviços gerais e veio ao Brasil em busca de trabalho.

Na capital roraimense, desde novembro do ano passado a missionária Clara diz que há tempos acompanhava as notícias da crise na Venezuela. A mineira relata a situação dos imigrantes em busca de apoio.

Esse é o caso da venezuelana Rita Hernandez, de 25 anos. Ela vive no abrigo com os dois filhos que trouxe para o Brasil, um de 3 anos e outro de 5 anos. O terceiro, um bebê, ela deixou na Venezuela.

A nova moradia de Rita é um espaço na arquibancada do ginásio. A dona de casa chegou ao abrigo em dezembro, em busca de comida.

O abrigo de Boa Vista é mantido pelo governo do estado e entrou em funcionamento em dezembro do ano passado. O coordenador do espaço, tenente Fernando Troster, explica que muitos venezuelanos assistidos no local tem o desejo de permanecer no Brasil.

O fluxo no Centro de Referência é variável, chegando a 160 pessoas nos horários de maior movimento: o café da manhã e o jantar.

 

Da Agencia Brasil

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