Jornalista Tito Barata critica a falta de crítica no Pará

O jornalista Tito Barata, que já viveu muita coisa na história da música em Belém e tem portanto o que dizer, saúda a quarta-feira com lamento da ausência de críticos musicais de fato e ofício na cidade. Sustenta que faz falta a crítica mordaz de um Mário Faustino e que o que temos hoje são vestígios de histórias das obras ou, pior, simples alumbramento com a produção musical.

Tito condena com razão a crítica bem comportada de Nelson Motta – que a rigor não é crítico, mas historiador da música. De Nelson, lembro sempre que ele tentou ser músico, com violão debaixo do braço, formando um sexteto chamado “Seis em ponto”, uma sacada do Ronaldo Bôscoli para pegar o público que saía do trabalho nos fins de tarde.

Nelson não foi adiante, liquidado pela crítica de Carlos Imperial. Fazendo blague com o nome do sexteto, o encrenqueiro escreveu em 1963 na Revista do Rádio:

– “Seis em ponto”? Sei não, mas desconfio que esse pessoal só veio para fazer hora…

Por Euclides Farias

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