Parte do empurrador naufragado já pode ser vista no rio Amazonas

Depois de 14 dias de trabalho, a ação de resgate do empurrador TBL CXX, de propriedade da empresa Bertolini, conseguiu içar a embarcação para 20 metros profundidade, no rio Amazonas. Uma pequena ponta da estrutura frontal da embarcação já emergiu. Na segunda-feira, 27, por volta das 17 horas, o empurrador, em posição emborcada, foi desprendido dos cerca de 60 metros em que se encontrava.

O TBL CXX naufragou no dia 2 de agosto após se chocar com um navio da empresa Mercosul Santos, às proximidades da cidade de Óbidos, oeste do Pará. O empurrador deslocava nove balsas que transportavam grãos de Porto Velho, em Rondônia, para a cidade de Santarém. Nove vítimas do naufrágio ainda estão desaparecidas.

Com a reflutuação do empurrador, a expectativa é para a localização dos corpos. Nesta terça-feira, o representante da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, delegado Dilermando Dantas, diretor do Grupamento Fluvial, informou aos familiares das vítimas o andamento do plano de salvatagem e as etapas ainda previstas que devem perdurar até o final desta semana.

Os trabalhos de salvatagem do empurrador da empresa Bertolini continuam na manhã desta quarta-feira. A área de operação está a 15 quilômetros da sede da cidade de Óbidos. Por meio de cabos de aço, um guindaste garantirá a suspensão do empurrador TBL CXX até a retomada das atividades. O içamento total, a colocação de uma rede sobre a embarcação e a movimentação para uma espécie de dique flutuante são ações previstas para esta quarta-feira, 29.

Equipe de peritos do Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” está de prontidão em Óbidos e aguarda a colocação da embarcação no dique, a fim de iniciar o trabalho de perícia técnica em possíveis corpos e no empurrador. Atuam ainda na operação, representantes da Capitania dos Portos – Marinha do Brasil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar, juntamente com a empresa Smit, contratada pelo grupo de seguradoras da Bertolini Ltda.

Por Sérgio Chêne

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