Em ano de crise, Acre valoriza espaços e movimentos culturais

Apesar da crise no Brasil, o Acre se sobressaiu em diversos setores, entre eles, a cultura. O governo do Estado anunciou em 2017 a reforma de 21 espaços de cultura, e a construção do Museu dos Povos Acreanos – A Amazônia é Aqui, que está sendo erguido na sede do antigo Colégio Meta, na Rua Epaminondas Jácome. Além disso, o governador Tião Viana anunciou três editais de incentivo à cultura.

Para os espaços de patrimônio cultural, estão sendo investidos R$ 12,5 milhões, destinados à aquisição de mobiliários, equipamentos e reforma, e ainda, para a construção da Sede do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural. O investimento foi articulado pelo governo estadual junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

Os espaços são: Memorial dos Autonomistas, Theatro Hélio Melo, Biblioteca da Floresta, Biblioteca Pública de Rio Branco, Sede da Fundação Elias Mansour e Galeria Juvenal Antunes, Usina de Arte João Donato, Cine Teatro Recreio, Teatro Plácido de Castro, Sociedade Recreativa Tentamen, Biblioteca Anselmo Marinho Lessa (Tarauacá), Biblioteca Pública Estadual Elomar de Souza Braga (Epitaciolândia), Complexo Cultural Museu e Memorial José Augusto e Teatro José de Alencar (Cruzeiro do Sul), Espaço de Memória Wilson Pinheiro (Brasileia), Teatro Barracão, Casa dos Povos Indígenas, Museu de Xapuri e Museu de Sena Madureira.

Outros R$ 2,9 milhões também estão sendo investidos para a reforma e aquisição de mobiliários para o Museu da Borracha e Palácio Rio Branco, além da revitalização da exposição artística do local. Já a Escola de Música do Acre receberá um novo muro. O recurso para estes fins é proveniente de operações de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“O governo do Estado, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM), buscou arduamente por parcerias e investimentos externos para que pudéssemos melhorar a estrutura física destes espaços, oferecendo ambiente adequado ao desenvolvimento de atividades artísticas e culturais, valorizando esses prédios tão importantes para a história do Acre”, afirma a diretora-presidente da FEM, Karla Martins.

Em um investimento avaliado em mais de R$ 12 milhões, o Museu dos Povos Acreanos já está com obras em andamento. A realização e o projeto são encabeçados pela primeira-dama do Estado, arquiteta Marlúcia Cândida.

O local – construído na década de 1960 – continuará exercendo importante papel de centro formador de educação, sediando um equipamento museal construído para suscitar novas experiências educacionais e culturais. As ferramentas tecnológicas do espaço serão acessíveis e inclusivas, permitindo que o diálogo e interação com o visitante ocorra de forma imediata, sensorial e poética.

Baseado no conceito “retrofit”, ou seja, na renovação com a manutenção das características originais, o projeto manterá alguns elementos arquitetônicos da edificação antiga (esquadrias, pisos e características estruturais).

O pavimento térreo abrigara: Ayahuasca; Acreanidade; Linha do Tempo I – Frei André Ficarelli; Auditório; Florestania; Educativo I – Atelier de Desenho; Educativo II – Sustentabilidade Fitness; Galeria de Exposições Temporárias; Modos de Viver; Bilheteria ; Foyer e Átrio.

Já o piso superior terá a Midiateca (mapa digital), Movimentos, Insurreição e Revoluções; Povos Acreanos, Geoglifos, A Borracha, Linha do Tempo II – “O Acre”, O Empate; Extrativismo: Grãos e Sementes da Vida e Causos, Lendas e Mitos. No último andar terá o Café Terraço.

Oriundos do Plano Anual de Investimento (PAI), fruto da gestão estadual, e de emenda parlamentar do deputado federal César Messias, três editais de incentivo à cultura foram lançados no Acre.

O primeiro é o Fundo Estadual de Cultural, no qual conta com uma verba de R$ 500 mil, que será aplicada em produções cultural e pequenos apoios e intercâmbio. O segundo é o de Incentivo Direto a Projetos e/ou Eventos Artísticos Culturais, que contemplará, ainda, a reestruturação do Conselho Estadual de Cultura.

O terceiro é o Cidades Fora do Eixo, também no valor de R$ 500 mil, nos quais são aplicados em atividades de dança, teatro e música, além da circulação de espetáculos e shows a serem apresentados nos municípios Senador Guiomard, Capixaba, Porto Acre, Plácido de Castro, Bujari e Acrelândia.

Márcia Moreira

One thought on “Em ano de crise, Acre valoriza espaços e movimentos culturais

  • janeiro 6, 2018 em 6:40 pm
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    Quando há vontade política de valorização da nossa Cultura, tudo acontece!Mas, nao se enganem, esse comprometimento vem apenas de gestores da esquerda, nunca esperem tais ações de tucanalhas, ou dessas pragas #Ruralistas, ou dos tais cretinos Neopentecostais, ou da Bala, ou dedessas PPs, etc. PARABÉNS, Governador
    @Tião Viana,que sirva de exemplo!

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