O poder da comida na prevenção do câncer: Alimentação saudável é capaz de driblar a doença?

A cada ano, cerca de 8,8 milhões de pessoas morrem de câncer. A doença é responsável por uma em cada seis mortes no mundo.

Luiza Belloni

O número de pessoas que desenvolvem tumores malignos também cresce a cada ano: cerca de 14 milhões têm câncer, e esse número deve subir para mais de 21 milhões até 2030, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Um dos principais agravantes, segundo a OMS, é que muitas vezes a doença é diagnosticada tarde. Quanto mais avançado o estágio do câncer estiver, mais difícil é o tratamento.

Existem, no entanto, fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer — e comportamentos que podem prevenir a doença. “O câncer é multifatorial, ou seja, ele não se desenvolve por apenas um motivo”, explica a nutricionista do Instituto do Câncer do Estados de São Paulo (Icesp), Eloisa Massaine Moulatle.

O crescimento descontrolado de células anormais, que caracteriza o câncer, está relacionado a sedentarismo, tabagismo, genética, estresse, poluição, má alimentação, entre outros fatores.

Contudo, um dos pilares para a sua prevenção, de acordo com o Ministério da Saúde, é bem conhecido pelos brasileiros — mas um pouco rejeitado no dia a dia. Trata-se da alimentação e do estilo de vida saudáveis.

Alimentos in natura, com menor processamento possível, exercícios e hábitos saudáveis são a chave para a saúde e longevidade. “Não dá pra dizer que existe um alimento milagroso, que ele vai combater e matar as células cancerígenas, mas existem alimentos que promovem a renovação celular, têm vitaminas e minerais e são antioxidantes”, explica Moulatle.

A recomendação do Ministério da Saúde é consumir, no mínimo, cinco porções por dia de frutas, legumes e verduras. Na outra ponta, é preciso diminuir o consumo de carne vermelha (comer apenas uma ou duas vezes por semana) e banir os embutidos e carnes processadas, como linguiça, bacon, presunto, entre outros.

Em 2015, a OMS classificou as carnes processadas como produtos carcinogênicos, ou seja, que causam câncer, e as carnes vermelhas como produtos “provavelmente carcinogênicos”.

Segundo o documento, 50 gramas de carne processada por dia, o equivalente a duas fatias de bacon, aumentam a chance de desenvolver câncer colorretal em 18%.

Isso não quer dizer que você está comprometendo sua saúde a cada vez que se delicia com um pedaço de bacon crocante. Como a nutricionista do Instituto do Câncer de São Paulo explica, não vai ser apenas um fator que resultará em câncer. “O ideal é não comer. Mas, se você gosta muito, tente diminuir a quantidade por semana e depois por mês”, pondera Moulatle.

Outros hábitos de risco são: tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, inalação de ar poluído, obesidade e sedentarismo. “A atividade física não é só importante para o controle do peso, mas ela também ajuda na renovação celular e melhora o metabolismo. Ainda, já é provado que obesidade está relacionada a diversos tipos de câncer, como o de mama, do fígado, da tireóide, entre outros.”

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