Cruz Vermelha exige acesso a reduto rebelde bombardeado pelo governo sírio

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) exigiu nesta quarta-feira (21) acesso à Guta Oriental, reduto rebelde perto da capital síria e que o governo bombardeou pelo quarto dia consecutivo, matando ao menos 40 civis.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu junto ao Conselho de Segurança a suspensão “imediata” dos combates nesta região.

Desde domingo, a nova campanha aérea de ataques com bombas e barris de explosivos contra Guta Oriental deixou 310 civis mortos, entre eles 72 crianças e 45 mulheres, e mais de 1.650 feridos, detalhou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Na Guta Oriental, sitiada pelas forças do governo desde 2013, vivem cerca de 400 mil pessoas em condições críticas, com casos de desnutrição.

“Devem autorizar nossas equipes para que cheguem à Guta Oriental e socorram os feridos”, declarou em comunicado Marianne Gasser, representante do CICV na Síria.

As equipes médicas “são incapazes de fazer frente a este grande número de feridos e não há remédios nem material médico suficientes na região”, assinalou Gasser.

Nesta quarta-feira, os bombardeios custaram a vida de ao menos 40 civis, incluindo quatro crianças, e feriram mais de 350, de acordo com o OSDH. Os ataques atingiram várias localidades, principalmente Hamuriyé e Kfar Batna. Além das bombas, os aviões lançaram barris de explosivos, um método denunciado pela ONU e por ONGs internacionais, de acordo com o OSDH.

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