Nutrição 4P: uma nova forma de encarar a alimentação e a saúde

Professor explica por que o foco na prevenção (inclusive à mesa) é decisivo para contra-atacar os principais males da humanidade

Prof. Thomas Prates Ong

As doenças crônicas, em especial a obesidade, o diabetes, os problemas cardiovasculares e o câncer, representam enormes desafios para a nossa sociedade. As projeções são bastante preocupantes e indicam aumento drástico de novos casos e mortes associadas nas próximas décadas, principalmente nos países em desenvolvimento como o Brasil. Esse cenário gera questionamentos sobre as limitações do modelo vigente de atenção à saúde e exige uma mudança urgente de paradigma.

É em tal contexto que surgem novas propostas de atuar na prevenção e no controle dessas doenças. Em um artigo recente, de autoria de cientistas de vários centros de pesquisa pelo mundo, os estudiosos se debruçaram sobre os males cardiovasculares — principal causa de morte da atualidade — sob a perspectiva de um movimento chamado Medicina 4P (de preditiva, preventiva, personalizada e participativa).

Esses autores destacam que existe um continuum saúde/doença, que pode ser dividido em quatro etapas principais. Na primeira fase (A), o indivíduo encontra-se em um estado de saúde e apresenta a capacidade de lidar com fatores estressores, tanto fisiológicos como psicológicos.

Na transição para a fase B, o acúmulo de exposições a elementos prejudiciais como má alimentação e sedentarismo induz alterações sutis que indicam sinais precoces de doenças — caso do aumento da pressão arterial, da glicemia e dos níveis de gordura no sangue. Frequentemente, o indivíduo desconhece o que está acontecendo e nem percebe sintomas.

A transição para a etapa C, em que ocorre a manifestação de sinais mais graves como dor no peito e falta de ar, se desenrola de maneira lenta. E é só a partir daí que, em geral, se inicia o cuidado tradicional em saúde. Por isso dizemos que ele é reativo em sua essência. Apesar desses cuidados, sabemos que muitas pessoas caminharão para a última etapa daquele continuum: os desfechos das doenças cardiovasculares, caso de infarto e derrame

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