Euclides Farias: Batuque na cozinha, Sinhá não quer

No princípio era o “semba”, o jongo, o batuque. Ou qualquer outro dos muitos nomes dados às danças em rodas de batuque que os escravos levaram da Bahia ao Rio de Janeiro como semente do precursor samba amaxixado que o compositor Donga e o jornalista Mauro de Almeida gravaram em “Pelo telefone”, há 100 anos.

Uma das derivações festivas da senzala era o samba-miudinho, que Dona Ivone Lara, que acaba de nos deixar aos 97 anos, dominava como poucos. Ela foi, afinal, contemporânea do nascimento do samba. A raiz da história do gênero musical mais identificado ao povo brasileiro lhe corria no sangue desde sempre.

Num desses lances de sorte, em meio ao turbilhão de vídeos que povoam a internet, recolhi uma mostra, provavelmente de pai para filho, sobre com se dança o samba-miudinho ainda hoje numa terra quilombola.

Salve, Dona Ivone Lara e a contribuição afro ao que somos.

O que você pensa sobre este artigo?

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.