Marcou viagem para o Exterior? Confira 10 dicas para amenizar os efeitos da alta do dólar

Com a disparada da moeda americana, preços de passagens, hotéis e passeios ficam mais caros

Erik Farina

Em apenas um mês, a cotação do dólar saltou de R$ 3,37 para R$ 3,77, valorização de 11,8%. Para quem vai viajar para outro país, é sinal de alerta: preços de passagens, hotéis e passeios ficam automaticamente mais caros. Conforme o portal de pesquisa Skyscanner, passagens de ida e volta de Porto Alegre para Miami, Estados Unidos, para o início de junho, saltaram de R$ 3.976 para R$ 4.445 — o valor em dólar se manteve em US$ 1.180. Um pacote de uma semana para a Alemanha, com passagem aérea e hotel incluídos, passou de R$ 4.982 para R$ 5.649 neste curto intervalo, conforme o portal Hotel Urbano.

São efeitos que se somam, evidentemente, ao maior custo para compra de dólares para levar no passeio. Em Porto Alegre, a moeda é encontrada a partir de R$ 3,94 nas casas de câmbio, na cotação turismo (que vale para quem compra dinheiro em espécie, abastece cartão de débito ou gasta no cartão de crédito no Exterior).

— Quem estava se preparando para fechar contrato tem esperado um pouco mais. O medo é acertar negócio com o dólar na cotação mais elevada — afirma Danilo Kehl Martins, conselheiro da Associação Brasileira de Agências de Viagem no Estado (ABAV-RS) e presidente do Sindicato das Empresas de Turismo no Rio Grande do Sul (Sindetur-RS).

Este é um movimento recorrente no turismo quando o dólar ou o euro saltam de valor, explica Martins. Nestas situações, quem estava com o orçamento apertado e dependia de promoção desiste ou escolhe um destino mais barato: no lugar das sonhadas férias na Europa ou nos Estados Unidos, voam para Caribe e destinos na América do Sul, prazerosas mas mais em conta.

— A espera para decidir sobre a viagem também traz riscos: o valor pode cair no futuro, mas também subir, e quanto mais perto da data de embarque, menores as chances de encontrar promoções — afirma Martins.

Alguns economistas projetam que a cotação da moeda chegue a R$ 4 nos próximos dias. Mas há formas de amenizar, pelo menos, parte da escalada do dólar no planejamento da viagem. Educadores financeiros sugerem comprar a moeda em várias etapas, um pouco a cada mês ou semana, por exemplo. É uma maneira de evitar adquirir todo valor quando estiver na cotação mais alta e aproveitar, também, sua cotação na baixa, mantendo um gasto médio. Também é recomendável manter distância dos cartões de débito (travel money), pois, apesar de práticos, pagam imposto mais alto do que a moeda em espécie.

— Se estas medidas não forem suficientes, durante a viagem, o turista pode procurar gastar menos, comprando, por exemplo, comida em supermercado em vez de ir a restaurantes e andar de transporte público em vez de táxi — sugere a educadora financeira Camila Bavaresco.

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