Barco de resgate de migrantes vai à Espanha depois de Itália e Malta impedirem desembarque

Entre os migrantes, há cinco mulheres e quatro crianças. Eles são de várias nacionalidades, incluindo palestinos, sírios e guineenses.

Um barco de uma organização humanitária que transportava 59 migrantes resgatados da Líbia foi desviado para Barcelona no domingo (1), depois que Itália e Malta, ambas muito mais próximas do local do resgate, se recusaram a deixá-lo atracar em seus portos.

A embarcação Open Arms, administrada pela organização espanhola Proactiva Open Arms, estava “voltando para casa” no sábado (30), segundo a entidade, depois de receber uma oferta de um porto seguro do prefeito de Barcelona, ​​Ada Colau.

Em um tuíte, a entidade denunciou “políticas desumanas e portos fechados na Itália e em Malta” e disse que o barco chegaria a Barcelona na quarta-feira.

Em um episódio semelhante em 11 de junho, a Espanha ofereceu-se para receber outra embarcação de resgate, a Aquarius, com 629 migrantes a bordo, depois que Itália e Malta impediram o desembarque.

As dificuldades da Aquarius, que finalmente atracou em Valência, provocaram uma enxurrada de insultos e acusações entre os países da União Europeia sobre quem deveria assumir a responsabilidade pelos imigrantes resgatados no Mediterrâneo.

Na sexta-feira (29), os líderes da UE chegaram a um difícil acordo sobre a migração, que o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse ser positivo para a Itália, a nação europeia que recebeu um grande número de migrantes por mar nos últimos anos.

No entanto, o acordo não obriga outros países da UE a dividir a responsabilidade pelos resgates no Mediterrâneo.

“Obrigado por fazer a parte mais difícil, salvar vidas e obrigado por não desistir diante de políticas europeias cruéis e desumanas”, tuitou Colau. “Barcelona espera por você de braços abertos.”

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