Tocantins desativa 21 escolas estaduais após redução de matrículas

A reforma administrativa do governo de Tocantins começou o ano pela área da educação. Um projeto de reordenamento da rede pública levou à desativação de 21 escolas estaduais de ensino médio e ao encerramento do convênio com seis escolas privadas.

Quinze das 21 escolas estaduais desativadas foram cedidas para prefeituras e passaram a sediar escolas municipais de ensino fundamental. Os cerca de 4,8 mil alunos das escolas desativadas foram matriculados em outras unidades e, 1,5 mil professores, realocados.

Carlos Furtado, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins, afirma que houve redução de carga horária para alguns professores. Ele também reclama da falta de diálogo do governo com a comunidade.

Sonora: “Foi feita de forma abrupta esse fechamento, você não pode. Em uma comunidade que tem uma escola onde os pais levam os seus filhos todo o dia, simplesmente amanhecer o dia com a escola fechada. Nós podemos até lembrar um ditado que diz que uma escola fechada é um presídio aberto.”

Adriana Aguiar, secretária de Educação de Tocantins, nega que as medidas tenham sido tomadas sem diálogo e afirma que a qualidade do ensino foi garantida.

Sonora: “Entendemos perfeitamente o anseio da comunidade, principalmente no caso das escolas conveniadas que são escolas tradicionais, que trouxeram bons resultados; mas como gestora pública, nós temos que zelar pelos princípios constitucionais, principalmente na questão da transparência e boa aplicação recursos públicos”.

Pelos cálculos da Secretaria de Educação de Tocantins, nos últimos 10 anos, houve uma redução de 31,2% no número de matrículas no ensino médio público. O aumento na oferta do ensino técnico no estado seria sido uma das causas desse recuo e base para o projeto de reordenamento escolar.

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