Exames descartam contaminação pela doença de chagas em moradores de Rio Branco

Mais de 4 mil exames foram realizados nas últimas semanas em moradores de Rio Branco, no Acre, que tiveram contato com açaí contaminado por doença de Chagas. O consumo teria ocorrido entre outubro de 2018 e fevereiro deste ano. Mas, o resultado dos exames, divulgado nesta segunda-feira (8), não apontou nenhum diagnóstico positivo para a doença.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, apenas um paciente com a doença de Chagas foi identificado, mas o contágio teria ocorrido antes de 2011. Outras duas pessoas continuam sob acompanhamento por conta de diagnóstico indefinido.

Todas as pessoas que se submeteram ao exame consumiram açaí do Mercado Elias Mansur, em Rio Branco.

As amostras do produto contaminado foram identificadas durante inspeção no local. Motivada pelo caso, a prefeitura regulamentou a produção do açaí na cidade.

Um decreto publicado em março estipula regras de higiene desde a colheita até o processamento do açaí. Os produtores devem estar devidamente cadastrados e certificados. E os batedores, responsáveis por transformar o caroço de açaí na bebida, devem fazer curso sobre técnicas de higienização e boas práticas.

A doença de Chagas é infecciosa e pode ser adquirida por meio do contato via pele ou oral com as fezes de um inseto chamado barbeiro, transmissor do protozoário Trypanosoma cruzi.

Entre os principais sintomas da doença estão febre, inchaço e problemas cardíacos. A doença é crônica, pode levar à morte e precisa ser tratada com o uso de quimioterápicos.

EBC

O que você pensa sobre este artigo?

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.