Dia Mundial do Lúpus: doença não tem cura, mas recebe avanço nos tratamentos

LES é autoimune e crônica, e pode afetar múltiplos órgãos e tecidos.

Nesta sexta-feira (10), comemora-se o Dia Mundial do Lúpus. A data vem para conscientizar e informar sobre a doença, que apesar de ainda não ter cura, recebe avanços no tratamento. Valquíria Dinis, reumatologista da Medquimheo, orienta e alerta sobre a doença.

“O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune e crônica, que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos. Apesar de acometer qualquer pessoa, as mulheres jovens são as mais propensas. As manifestações clínicas podem ser gerais como febre, emagrecimento, perda de apetite e fraqueza. Ou específicas de cada órgão, como lesões na pele, dor nas juntas, inflamação nas membranas que recobrem o pulmão e coração, problemas no sangue (anemia, queda dos glóbulos brancos, quedas das plaquetas) e renais”, explica.

Tratamento da doença

Podem ser utilizadas drogas que controlam a imunidade ou até tratamentos locais com pomadas. “De uma forma geral, quando é feito de forma adequada, incluindo o uso correto dos medicamentos, a realização periódica de exames, o comparecimento às consultas com reumatologistas e os cuidados gerais, que incluem alimentação saudável, prática de exercícios físicos regulares, abandono do tabagismo e uso diário de protetor solar, é possível obter um bom controle da doença e melhorar de forma significativa a qualidade de vida destes pacientes”, finaliza a especialista.

Mais informações sobre Lúpus

Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico do paciente ataca o seu próprio organismo. Isso gera danos irreversíveis aos tecidos e órgãos e pode levar à morte prematura.

A incidência de morte em pacientes com Lúpus que têm menos de 40 anos é 10 vezes maior do que a população em geral.

O Lúpus está relacionado à predisposição genética e pode ser desencadeado por fatores hormonais e ambientais, tais como: luz solar, infecções e alguns medicamentos.

A doença pode ser classificada de 3 formas. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), no qual um ou mais órgãos internos são acometidos, o Lúpus Cutâneo, que é restrito à pele e o Lúpus Induzido por Drogas, que surge após a administração de medicamentos, podendo haver comprometimento cutâneo e de outros órgãos – há melhora com a retirada do medicamento que desencadeou o quadro.

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é a forma mais séria da doença e também a mais comum afetando aproximadamente 70% dos pacientes com lúpus.

Ele afeta principalmente as mulheres, sendo 9 em 10 pacientes, com risco mais elevado de início de LES durante a idade fértil.

Sintomas desencadeados pela doença, como dores nas articulações, podem impedir atividades simples, como a prática de atividades físicas, e também a rotina de trabalho, com isso, mais de 50% dos pacientes param de trabalhar em até 15 anos após o diagnóstico de Lúpus.

Não há cura para a doença, mas é possível controlar e conviver com ela com o acompanhamento médico regular

Via Folha Vitória

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