Como melhorar a alimentação sem virar vegetariano

Documento elaborado pelo IPCC salienta, por exemplo, os benefícios de uma alimentação variada e balanceada

O relatório da ONU sobre mudanças climáticas, publicado nesta quinta-feira (8), oferece dicas sobre como mudar hábitos alimentares e ajudar a combater o aquecimento global mesmo sem necessariamente se tornar vegetariano.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) mudar os hábitos de consumo e de produção alimentares é uma das chaves para combater o aquecimento. — Alguns regimes alimentares necessitam de mais solo e água e produzem mais emissões que outros — resumiu um de seus copresidentes, Jim Skea, ao apresentar o resumo do informe.

O documento elaborado pelo IPCC salienta, por exemplo, os benefícios de uma alimentação variada e balanceada. “Dietas equilibradas à base de alimentos de origem vegetal, como aquelas baseadas em cereais secundários [outros que não os principais, como o arroz e o trigo], leguminosas, frutas e verduras, oleaginosas e sementes, e alimentos de origem animal produzidos em sistemas resistentes, sustentáveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa, apresentam grandes oportunidades”, informa o relatório.

Esta perspectiva evoluiu ao longo das diferentes versões redigidas nos últimos meses. A versão final é fruto de um consenso político, após a análise do texto pelos Estados. Confira:

O IPCC recomenda uma dieta em particular?

Este grupo de cientistas da ONU se encarrega de guiar as decisões que os Estados adotam sobre a questão climática. “O IPCC não formula recomendações sobre os regimes alimentares”, explicou Skea. “O que indicamos, com base em testes científicos, é que alguns deixam uma menor pegada de carbono”.

O grupo não recomenda adotar uma dieta vegetariana (sem carne ou peixe) e menos ainda vegana (sem nenhuma proteína animal), ao contrário do que alguns meios afirmaram antes da publicação do relatório. Essa alegação foi baseada em uma citação truncada do texto, omitindo a passagem sobre “alimentos de origem animal produzidos em sistemas resistentes, sustentáveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa”.

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