Macapá 262 anos: um jeito macapaense de se expressar

Um dos pontos marcantes em todas as cidades, com certeza, é seu dialeto local. Macapá fará 262 anos, e para homenagear nossa linda cidade, que tal conhecer um pouco mais das expressões que, muitas vezes, usamos sem perceber, mas que transmitem muito bem a mensagem que queremos passar? E aí, maninho(a), conheces todas as nossas formas de expressão linguística?

O amapaense tem um jeito todo dele de expressar suas emoções e estado de espírito. Em algumas delas somos parecidos com nossos vizinhos paraenses. Como eles, também usamos a palavra “égua” para expressar alegria, tristeza, descontentamento, susto e muitas outras emoções, tudo depende da entonação e ocasião em que a pessoa fala a palavra.

Frases como “Tu jura, não?” (claro que não), “não, é pão!” (para confirmar algo já dito), “pai d’égua” (algo bom), “não, é cuia” (também para confirmar algo já dito) são comuns nas conversas entre amapaenses. A lista de palavras e frases é extensa, mas, com certeza, o mais comum é o tratamento “maninha(o)” ou simplesmente “mana(o)”, para falar com alguém, ou mesmo “vizinha(o)”, mesmo a pessoa não residindo ao seu lado, mas se está perto e a outra pessoa precisa de algo, ela pode ganhar esse tipo de tratamento sem que haja qualquer objeção a isso.

Se vai chamar a atenção do outro por falta de atenção durante alguma ação, é comum ouvir a frase “és pomba lesa, é?” ou simplesmente “pomba lesa”. E para demostrar que algo é grande ou pequeno, é comum ouvir o amapaense dizer sobre o que se refere é “gito” (pequeno) ou “gitinho” (muito pequeno) ou ainda é “porrudo” (grande) ou “do porrudo” (muito grande).

A diversidade de gírias e dialetos é extensa, assim como nossa cultura e nossa arte. Somos uma linda mistura de povos, culturas e tradições, e para comemorar os 262 anos da capital, a Prefeitura de Macapá preparou uma programação porreta (legal), ou se preferir, uma programação “pai d’égua”. Serão cinco dias de festa, que iniciará no dia 31 de janeiro.

Então maninha(o), “discunjuro” você perder essa programação que está só o “filé da gurijuba”!

Aline Brito

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