Senado está disposto a liberar verbas para combate ao covid-19

Líderes se reuniram hoje para definir próximas votações

Os líderes partidários do Senado se reuniram no final da manhã de hoje (25) para discutir as próximas votações. Ficou decidido que haverá uma votação amanhã para decidir a antecipação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Segundo o presidente em exercício do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG), há disposição dos parlamentares quando o assunto é liberação de verbas para o combate ao coronavírus.

“Eu observei dos líderes uma boa vontade de participar no combate à pandemia dentro das nossas limitações”, avaliou Anastasia, em coletiva à imprensa após a reunião. “Toda necessidade de recursos que o governo tenha para combater a pandemia, é evidente que o congresso vai alocar, autorizar. Isso tem sido uma unanimidade”, complementou.

Hoje já estão previstas três votações. A primeira é de um projeto que permite a utilização dos saldos dos fundos de saúde. O segundo projeto proíbe a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à epidemia de coronavírus no Brasil. Já a terceira votação decidirá se o estado de Alagoas poderá obter crédito do exterior, no valor de R$ 680 milhões. Os recursos se destinam ao financiamento do Programa Estrutura Alagoas.

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Anastasia foi questionado sobre a posição do Senado em relação a uma redução temporária dos salários dos servidores, assunto que vem sendo proposto pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ele evitou dar sua posição, explicando que poderia ser confundida com a opinião da presidência do Senado, mas afirmou que o momento é de “sacrifício”. “O momento é de sacrifício generalizado. Não vou antecipar uma posição do Senado porque não a tenho. No momento que a matéria for pautada, for comunicada formalmente, vamos conversar com os líderes para termos uma posição unânime”.

Anastasia também comentou a repercussão do pronunciamento de ontem (24) do presidente Jair Bolsonaro. Vários políticos emitiram notas repudiando o pedido do presidente para que as pessoas voltem às ruas, com exceção apenas para idosos e doentes crônicos. Anastasia reiterou a posição expressa em nota ontem, assinada junto com o presidente Davi Alcolumbre, na qual considera “grave” a posição de Bolsonaro, mas hoje adotou um tom mais conciliador.

“A minha posição, como senador, é sempre na posição de consenso, equilíbrio, serenidade. Acredito que a necessidade para enfrentar uma crise desse tamanho é de convergência, de união de esforços. Não acho que é de apontar culpados, fazer reclamações. Acho que precisamos otimizar recursos da União, estados e municípios”.

EBC

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