Turismo: Israel guarda tesouros religiosos históricos
Em seu pequeno espaço, o país guarda a fé das três principais religiões monoteísta
Alice de Souza
Com 70 anos de história completados neste mês, Israel guarda um tesouro turístico que vai além das dolorosas cicatrizes do holocausto contadas nas páginas da história, e das imagens dos conflitos armados por território que abalam suas relações diplomáticas. Em seu pequeno espaço, que se assemelha em proporções ao estado de Sergipe, o país guarda a fé das três principais religiões monoteístas: o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. A mesma terra alvo de uma disputa contínua entre hebreus e árabes é, antes de tudo, a Terra Santa. O destino dos sonhos de uma multidão religiosa.
Para os judeus, é a terra prometida por Deus a Abraão. Para os cristãos, o local da vida de Jesus Cristo. Para os muçulmanos, foi onde ocorreu a ascensão de Maomé aos céus. Todos os anos, milhões de pessoas saem em peregrinações pelo mundo para conhecer e ressignificar a própria religiosidade lá. Somente em 2017, Israel recebeu 3,6 milhões de turistas, 700 mil a mais do que o ano anterior. Do Brasil, saíram 65% mais turistas com destino à Terra Santa do que em 2016.
A região tem como atrativos os locais considerados sagrados, como os templos católicos, as mesquitas ou o Muro das Lamentações. Mas não se resume a isso. É história viva, recontada em cada ruína, já que foi palco de disputas no Império Romano, recebeu as cruzadas católicas e foi comandada pelos turcos otomanos. É ainda uma oportunidade de mudar o olhar sobre o Oriente Médio, sua cultura e gente. O Diario acompanhou um grupo de peregrinos católicos em viagem pela Terra Santa e destaca um roteiro dos principais atrativos turísticos.
Judeia
O que visitar
Basílica da Natividade
Em Belém, dentro do território palestino, a basílica é coadministrada por católicos apóstolicos romanos, gregos e armenos ortodoxos. Todos os dias, é aberta à visitação depois que as três denominações cristãs realizam seu culto no local exato onde Jesus teria nascido, e também onde está a manjedoura.
Monte das Oliveiras
É um ponto sagrado para o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. O monte é conhecido por ter sido o local onde Judas traiu Jesus. Lá estão a Igreja de Todas as Nações, com sua fachada dourada que chama atenção de longe, e também o Jardim do Getsêmani, onde há pelo menos uma oliveira que comprovadamente seria da época de Cristo.
Muro das Lamentações
Considerado o último vestígio do segundo templo judaico, construído após a destruição do Templo de Salomão. É local onde os judeus acreditam estar mais próximos da sala onde no passado foi depositada a Arca da Aliança. No Muro das Lamentações, eles lamentam suas perdas e depositam pequenos pedaços de papéis com pedidos. A visitação é aberta e há divisão no acesso de homens e mulheres.
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