Fauci diz que estados norte-americanos deveriam considerar lockdown

Especialista diz que é preciso reduzir infecções antes do outono

O principal especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos (EUA), Anthony Fauci, disse que os estados norte-americanos com alto número de casos do novo coronavírus deveriam reconsiderar a imposição de restrições de lockdown. Ele destacou a necessidade de baixar o número de infecções antes da temporada de resfriados no outono do Hemisfério Norte.

Em alguns estados, com números moderados de casos, especialistas veem o mesmo aumento traiçoeiro no percentual de casos positivos que tinham sido observados em Tennessee, Kentucky, Ohio, Minnesota e outros, disse Fauci em entrevista ao Journal of the American Medical Association.

Ele afirmou, na semana passada, que via sinais de que a epidemia de covid-19 poderia estar atingindo o pico no Sul e no Oeste, enquanto outras áreas estavam à beira de novos surtos da doença. Os estados deveriam pensar em fazer uma pausa ou retroceder nas iniciativas de reabertura, embora não precisem necessariamente voltar ao lockdown completo, disse.

Arkansas, Califórnia, Flórida, Montana, Oregon e Texas notificaram altas recordes de mortes na última semana.

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Para Fauci, é crucial que a epidemia seja contida antes do outono no Hemisfério Norte, quando os casos de gripe comum devem disparar ao lado da covid-19, pois maior número de pessoas passa a ficar mais tempo em ambientes fechados, aumentando o risco de contágio.

O especialista também alertou que embora dados sugiram que crianças mais novas não adoeçam gravemente com a covid-19, elas podem se infectar e propagar a doença.

O presidente Donald Trump fez da reabertura das escolas para aulas presenciais parte de sua campanha à reeleição, mas alguns professores resistem a essa medida, argumentando que abrir as escolas poderia colocar adultos em risco de doenças graves.

Fauci acrescentou que continua cautelosamente otimista de que uma vacina possa estar disponível contra o vírus antes do fim do ano, mas que as empresas devem se abster de emitir declarações sobre os estudos clínicos em andamento, até que haja dados suficientes para julgar se as vacinas são seguras e eficazes.

Reuters

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