Caesa negocia dívida com fornecedores e garante produtos para tratamento de água
A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) solucionou nesta sexta-feira, 16, problemas que resultaram na redução do abastecimento de água na Zona Norte de Macapá. De acordo com o Diretor Operacional Leandro Passos, o problema decorria da interrupção do fornecimento dos produtos químicos usados no tratamento da água após a falta de pagamento.
As empresas fornecedoras, Pluriquímica, Baraca, Quimil e Pollyquímica, estão sem receber os meses de novembro e dezembro de 2014. "Assumimos a diretoria e recebemos a notícia de que teríamos produtos para tratar água somente por mais dois dias, o que acarretaria na interrupção total dos serviços", contou Passos.
Para resolver o problema, a diretoria da Caesa negociou a dívida de R$1,5 milhões com os fornecedores e conseguiu a liberação dos produtos sulfato de alumínio, cal, polímero e cloro, essenciais para o tratamento da água. "Esses compostos químicos devem chegar ainda nesta sexta-feira, 16, e vamos conseguir suprir o abastecimento sem necessidade de redução", garantiu o diretor.
Ainda de acordo com Passos, quando ocorre redução de distribuição no fornecimento, diminui a pressão da água e os bairros mais afastados na Zona Norte recebem pouco volume do produto. O problema será solucionado com a conclusão da obra da caixa d’água da Zona Norte. "Essa obra é uma das nossas prioridades no momento, pois possibilitará a distribuição por pressão da água, tirando a sobrecarga da adutora", garantiu.
O diretor destaca que o sistema de captação de água não acompanhou o ritmo de crescimento de Macapá. Por esta razão, Passos afirma que o sistema mostra-se insuficiente para atender todos os bairros, principalmente os mais recentes. "O processo de tratamento não pode ser aumentado, porque acarretaria no rompimento da tubulação", explicou Passos.
A solução, segundo ele, é a conclusão da obra de ampliação da estação de tratamento no bairro Beirol, que também está parada. "Vamos retomar essas obras paradas o mais rápido possível, para aumentar o poder de abastecimento da empresa", afirmou.
Passos finalizou garantindo que não há risco de centralização ou contingenciamento na distribuição de água em todo o Estado.