Embrapa e Governo do Amapá avaliam programa de incentivo à agricultura familiar

A continuidade da parceria entre a Embrapa Amapá e o Governo do Estado na utilização da tecnologia “Sistema Bragantino”, como base técnica das políticas públicas de incentivo à agricultura familiar, foi confirmada durante seminário realizado na terça-feira, 31/3, no auditório da Embrapa, em Macapá (AP). Participaram do evento, equipes de gestores e técnicos da Embrapa, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) e do Instituto de Desenvolvimento Rural (Rurap). Será formado um grupo de trabalho permanente, a fim de definir os temas das novas capacitações técnicas para técnicos e produtores, e também linhas de experimentos que atendam às necessidades de melhorias da agricultura do Amapá.

A tecnologia “Sistema Bragantino” foi lançada pela Embrapa Amazônia Oriental (Pará) para cultivo de alimentos como feijão, milho, arroz e mandioca e, desde 2007, vem sendo utilizada no Amapá de modo adaptado à realidade desse estado. Atualmente é base técnica do programa estadual de incentivo à produção da agricultura familiar. Entre os benefícios do “Sistema Bragantino” estão o aumento da produtividade, a conservação ambiental, a redução de custos de produção, o uso racional de máquinas, equipamentos e insumos, e boa cobertura de solo.

O chefe-geral da Embrapa Amapá, Jorge Yared, ressaltou que este seminário faz parte de uma discussão ampla, voltada para o processo de desenvolvimento do estado do Amapá a partir do tema agricultura familiar. “Temos possibilidade de contribuir com tecnologias para diversas culturas agrícolas. Os impactos positivos desejados devem vir de uma atuação integrada, com disposição para sempre analisarmos juntos a implementação dos programas de Estado”, acrescentou Yared, durante a abertura do seminário “Nivelamento de informações sobre o Sistema Bragantino no Amapá”. Para o secretário Estadual de Desenvolvimento Rural, Osvaldo Hélio Dantas Soares, a Embrapa é um parceiro estratégico no planejamento e execução da política de aumento da produção de alimentos no estado do Amapá. “Esta reunião tem o sentido de avaliarmos, de forma conjunta, uma tecnologia repassada pela Embrapa, valorizando não apenas os aspectos econômicos mas também os benefícios sociais”. Durante a reunião, foram avaliados resultados, métodos, planilhas de investimentos, desafios e encaminhamentos para efetivar as parcerias.

Durante sua apresentação, o analista de transferência de tecnologia da Embrapa Amapá, Gustavo Castro, ressaltou a disponibilidade e as limitações tecnológicas à implementação do Sistema Bragantino. “O desafio envolve três caminhos para a agricultura: aumentar a área cultivada para alimentos, promover o aumento da produtividade e promover o aumento da intensidade do cultivo, todas práticas viáveis com este Sistema”. Os participantes do seminário também tiveram a oportunidade de conhecer dois novos trabalhos desenvolvidos pela Embrapa Amapá. A analista Ana Salim apresentou dados referentes à espacialização das associações cadastradas junto ao programa de desenvolvimento da agricultura familiar, por meio de uma ferramenta de geoprocessamento para monitorar as ações desenvolvidas. Em seguida, a pesquisadora Daniela Gonzaga fez uma abordagem sobre a medição dos impactos sociais, econômicos ambientais das tecnologias da Embrapa adotadas pelos produtores do Amapá, a partir da ferramenta Ambitec (Sistema de avaliação de impacto ambiental de inovações tecnológicas).

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