MPF tem “extremado apego” à investigação sobre tríplex, diz defesa de Lula
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou hoje (1º) “descabida e censurável” a informação prestada pelos procuradores da Operação Lava Jato de que Lula é investigado pelo suposto recebimento de vantagens indevidas durante seu mandato. Para os advogados, o Ministério Público Federal (MPF) mostra “extremado apego e interesse incompatível com as funções ministeriais” no processo de investigação.
Para a defesa de Lula, a apuração não pode prosseguir, porque o MPF no Paraná, no âmbito da Lava Jato, e o MPSP investigam os mesmos fatos. O ex-presidente nega ser proprietário dos imóveis investigados.
“O Ministério Público Federal buscou tumultuar a tramitação da ação e a apreciação do pedido de liminar ao apresentar manifestação sem que houvesse determinação da ministra relatora, mostrando extremado apego e interesse incompatível com as funções ministeriais, que não pode escolher quem irá investigar”, sustentam os advogados.
A investigação no MPSP apura as transferências de empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) para a empreteira OAS. No MPF no Paraná, a Lava Jato apura supostas vantagens indevidas em um apartamento tríplex, no Guarujá (SP), onde Lula tinha uma cota-parte, e um sítio frequentado pelo ex-presidente em Atibaia, também em São Paulo.
André Richter – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco