R$ 500 mil para obra em sítio usado por Lula ficaram em cofre

Emyr Costa, engenheiro civil da Odebrecht e responsável para comandar a reforma do sítio em Atibaia, contou detalhes dos pagamentos

O delator Emyr Costa, engenheiro civil da Odebrecht e responsável para comandar a reforma do sítio em Atibaia cuja propriedade é atribuída ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , contou que R$ 500 mil em espécie ficaram guardados em um cofre.

De acordo com “O Globo”, em seu depoimento, Costa afirmou em seu depoimento que guardou os valores após a entrega pelo Setor de Operações Estruturadas, departamento da empreiteira responsável pelo pagamento de vantagens indevidas. O acerto foi feito com Maria Lúcia Tavares, assistente do Setor de Operações Estruturadas.

A delação – Costa conta detalhes em seu depoimento. Ele disse ter ligado para Maria Lúcia pedindo R$ 500 mil, já que nunca tinha participado de uma obra dessa natureza. Na sequência, o relator conta que comprou um cofre, que manteve dentro de um armário da sala de sua sala. A cada semana, cerca de R$ 100 mil era entregue a Frederico Barbosa, engenheiro da obra, para a realização de pagamentos.
Emyr Costa explica o dinheiro para a obra era recebido em espécie, dentro de um envelope, e sempre no escritório onde trabalhava. Havia também um código, informado por Maria Lúcia Tavares por telefone, para que o emissário o reconhecesse no momento da entrega.

O delator contou que a ele foram solicitadas as construções de uma pequena casa para o alojamento dos seguranças do ex-presidente, uma edícula de quatro suítes, duas áreas de depósitos, uma para um quarto e outra para uma adega, além da construção de uma sauna perto da piscina.

Costa ressalta a todo momento que era informado que a propriedade pertencia à Presidência da República. Emyr confirmou também o depoimento do diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar. O diretor afirmou que ambos se encontraram o com o advogado de Lula, Roberto Teixeira, para regularizar a obra, de forma a evitar suspeitas sobre um eventual benefício ao petista.

Entretanto, O Instituto Lula divulgou uma nota negando que o ex-presidente seja o proprietário do sítio mencionado.

O Tempo

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