Como superar os desafios diários da obesidade
A obesidade é uma doença crônica com consequências que vão além da contagem de quilos. Superá-las é fundamental para evitar graves problemas de saúde
Por Abril Branded Content
Por que é tão difícil emagrecer e manter o peso ao longo do tempo? Essa é uma pergunta feita constantemente por quem vive na luta contra os quilos a mais na balança. Mas há respostas. Primeiro, é preciso entender que as causas da obesidade são complexas. Ela pode ser influenciada por questões fisiológicas, psicológicas, ambientais, socioeconômicas e genéticas. Por isso, nem sempre a mudança de hábitos, como uma dieta de poucas calorias e a prática regular de atividades físicas, é suficiente para promover a perda de peso – e as frustrações de quem tenta e não consegue emagrecer podem dificultar ainda mais o cenário.
Em segundo lugar, a obesidade é estigmatizada. “Isso acontece tanto por parte de pacientes quanto por profissionais de saúde. Muitas vezes, o paciente não procura tratamento porque não acha que tem uma doença. E, quando busca ajuda, pode encontrar um profissional que reforce esse estigma por achar que basta ter força de vontade para emagrecer”, afirma Raquel Coelho, endocrinologista e gerente médica de obesidade da Novo Nordisk.
Por isso, é importante deixar claro: a obesidade é uma doença crônica e um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O excesso de peso tem impacto direto na expectativa de vida: 74% dos brasileiros morrem em consequência da obesidade, que pode desencadear problemas tão graves quanto doenças cardiovasculares, diabetes e câncer.
Alterações no corpo
Algumas pessoas perdem peso mais facilmente do que outras. É possível que, mesmo com uma dieta restritiva e exercícios intensos, o indivíduo não consiga emagrecer. Por que isso acontece? Os níveis dos hormônios de fome e saciedade costumam ser diferentes em pessoas com obesidade em comparação a quem tem peso dentro do recomendado. Em algumas pessoas com obesidade, quando uma quantidade suficiente de alimentos é ingerida, a resposta hormonal é insuficiente – e ela se sente com fome, mesmo que não precise mais de comida.
“Com a mesma quantidade de alimento, a pessoa com obesidade vai sentir mais fome. Isso acontece por causa de alterações hormonais no centro de saciedade”, explica Raquel Coelho. Além disso, durante pelo menos 12 meses após a perda de peso, o corpo volta a ligar os sinais que desencadeiam o apetite, o que potencialmente pode causar excessos na hora de comer.
A perda de quilos também desacelera o metabolismo. “O organismo busca recuperar o peso. Por isso, ganhar peso depois de começar a emagrecer é comum”, diz a endocrinologista. “Por não saber que isso acontece por motivos fisiológicos, as pessoas se sentem culpadas.” A gerente médica da Novo Nordisk afirma que, em alguns casos, associar o uso de remédios prescritos por médicos à dieta e aos exercícios pode ajudar no processo. “Os medicamentos de maior sucesso, e por um prazo maior, são aqueles que controlam o apetite.”
É claro que nenhum medicamento faz milagres, mas existem situações em que ele pode ajudar o organismo a evitar a sensação de fome que surge mesmo quando a pessoa já se alimentou o suficiente. A medicina evoluiu muito e, atualmente, existem remédios com poucos efeitos colaterais e com diversos benefícios. O importante é procurar orientação médica para saber se o apoio da medicação é recomendado.
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