Acionistas da Eletrobras aprovam privatização de seis distribuidoras
Manifestantes contrários à venda da estatal fizeram ato em frente ao prédio da empresa, em Brasília, para inviabilizar a assembleia, que começou com mais de 3 horas de atraso
Simone Kafruni
Depois de um atraso de mais de 3 horas para começar por conta de manifestações e protestos, a assembleia de acionistas da Eletrobras terminou com a aprovação da privatização das seis distribuidoras de energia do Norte e Nordeste. A proposta prevê que a holding assuma R$ 11,2 bilhões em dívidas das subsidiárias. Esse valor, contudo, pode chegar a R$ 19,7 bilhões.
Há um montante de R$ 8,5 bilhões que a Eletrobras considera como créditos das distribuidoras com os fundos setoriais. Porém, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda não bateu o martelo sobre isso. O esforço da Eletrobras para deixar as subsidiárias atrativas para o mercado, já que estão extremamente endividadas, isa tornar o próprio grupo um ativo interessante, porque também será privatizado.
As distribuidoras que serão leiloadas são a Ceron (Rondônia), Amazonas Energia, Boa Vista Energia (Roraima), Ceal (Alagoas), Cepisa (Piauí) e a Eletroacre. Como são altamente deficitárias, as empresas serão vendidas por um valor simbólico de R$ 50 mil cada, com o compromisso de os investidores injetarem capital para tornar as distribuidoras eficientes.
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