Confira as mudanças nas provas do Enem

Este ano, elas acontecerão em dois domingos seguidos. Novas regras para a redação também merecem atenção.

O Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, deste ano, vai ser realizado em dois domingos seguidos e não mais num único fim de semana, como era até 2017. Esta é uma das principais mudanças anunciadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), que marcou o Enem 2018 para os próximos dias 04 e 11 de novembro, em todo o País. Outra alteração importante foi o aumento de meia hora no tempo total da prova que passou de quatro horas e meia para cinco horas no segundo domingo – quando ocorrerão as provas de Matemática e Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia).

Na Redação, a partir deste ano, a grande novidade é que elas não serão mais zeradas se o conteúdo desrespeitar os direitos humanos. Porém, de acordo com o portal do MEC, qualquer explanação neste sentido implicará na perda de 200 pontos na nota final. Diante das mudanças, as escolas do Ensino Médio estão ainda mais atentas à preparação dos alunos. É o caso do Colégio Madre de Deus (MD), fundado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, há 45 anos, e que vem conquistando excelentes resultados nas provas do Enem. Em 2016 e 2017, a aprovação de alunos para as universidades públicas de Pernambuco chegou a 95%.

Para o coordenador do Ensino Médio do Colégio Madre de Deus, Jaires Firmino, as novidades do Enem 2018 são positivas, especialmente para os alunos sabatistas, aqueles que, por questões religiosas, guardam os sábados e não faziam as provas deste dia no mesmo horário dos demais candidatos. “Eles entravam no local da prova no horário padrão, mas ficavam numa sala, separados, e só começavam às 19h. Era uma forma de seguir a Constituição Federal que, no Artigo 5º, parágrafo 6º, assegura o direito inviolável da liberdade de consciência e crença”, explica o coordenador. O intervalo de uma semana entre uma prova e outra, segundo ele, também favorece o estado psicológico e emocional dos alunos. “Eles reclamavam que o segundo dia era muito cansativo e, por isso, chutavam muitas questões, arriscando-se a errar. Depois de pesquisas, a demanda por mais tempo foi finalmente atendida pelo MEC”, revela.

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