Justiça nega liberdade para três presos na Operação Patrón

Eles são investigados por participação em esquema do doleiro Messer

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou a concessão de habeas corpus para três pessoas presas pela Operação Patrón, desdobramento da Câmbio Desligo, no âmbito da Lava Jato. Myra Athayde, Antonio Joaquim da Mota e Najun Turner tiveram os pedidos negados em sessão da Primeira Turma Especializada, realizada nesta quarta-feira (18).

Os três são investigados em inquérito da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A Operação Patrón foi deflagrada a partir de informações obtidas pela Polícia Federal, com a prisão do doleiro Dario Messer, em julho deste ano. O esquema de lavagem de dinheiro seria chefiado por Messer, conhecido como o doleiro dos doleiros, por meio de operações de câmbio e transferência de valores para o exterior e para contas de empresários e políticos.

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Segundo o inquérito, Myra, namorada de Messer, o doleiro Turner e o empresário Mota são investigados por participação nas operações criminosas e por ter ajudado Messer a se esconder. Messer, que esteve foragido da Justiça desde maio de 2018, foi preso no dia 31 de julho deste ano na casa de uma amiga em um condomínio de luxo nos Jardins, bairro de classe alta na capital paulista.

Ao negar os habeas corpus, o juiz federal Gustavo Arruda considerou os fortes indícios de implicação dos acusados no esquema criminoso, e que sua soltura representaria ameaça à ordem pública. Ele entendeu que há risco à aplicação da lei penal, já que poderiam fugir.

O desembargador federal Paulo Espirito Santo acompanhou o juiz nos três votos e o desembargador federal Ivan Athié divergiu no julgamento dos recursos de Mota e Myra.

As informações foram divulgadas pela assessoria do TRF2.

EBC

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