Artesanato comercializado por mulheres realça as belezas do Bioparque da Amazônia
O empreendimento feminino retrata os animais do parque através das mãos de artesãs. A comercialização acontece de quarta a domingo, das 9h às 17, no Bioparque.
A arte de reproduzir as belezas da fauna e flora da Amazônia encantam os visitantes do Bioparque. O trabalho de transformar as riquezas naturais em artesanato é realizado por Marcia Bezerra, de 44 anos, que atua dentro da unidade desde a reabertura, em uma barraca fixa de madeira.
No Bioparque Marcia uniu as duas paixões da sua vida, o artesanato e a natureza. ‘’Estou muito feliz em trabalhar no Bioparque. Faço o que eu amo no lugar que sou apaixonada. Tudo é produzido com amor. Inauguramos o projeto da barraca de artesanato fixo em maio. Desde então foi só sucesso’’, conta.
Marcia criava produtos desde muito jovem, um dom que ela carrega com orgulho, pois repassa aos clientes um trabalho realizado com carinho, feito nos mínimos detalhes. Com a técnica japonesa amigurumi, a artesã produz os animais que habitam o parque em crochê.
‘’Meus produtos têm como tema o Bioparque. Produzo em crochê a onça, o jacaré, os macacos, as cobras, os sapos, borboletas e o bicho preguiça, que é líder de vendas. Além dos amigurumis, vendo tapetes, filtros dos sonhos e chaveiros’’, declara a artesã.
Barraca fixa
A artesã já tinha participado de feiras de artesanato itinerante dentro do Bioparque, mas foi só com o projeto da barraca de madeira, que ela mesmo planejou, que se estabeleceu no local de maneira permanente.
‘’Pensei bastante em uma barraca que fosse confortável. Então criei o projeto dessa barraca fixa, que tem telhado e cortina de plástico. Se chover, baixo a cortina e não molha os produtos. O espaço foi projetado para deixar o material dentro, pois abaixo do balcão tem gavetas. Tudo prático, bem prático’’, detalha Marcia.
Dona Marcia chamou a amiga Ferloana Lima, de 37 anos, para crescerem juntas. O empreendimento feminino tem dado resultado, com a renda do artesanato as duas conseguem sustentar suas famílias.
‘’Antes do Bioparque eu trabalhava como vendedora de roupas e em lanchonetes. Tenho cinco filhos para criar e com a venda das minhas tiaras, laços, sandálias customizadas e acessórios aqui no parque não falta nada em casa. Daqui tiro o sustento de tudo, desde a alimentação, a vestimenta e medicamentos’’, conta Ferloana.
Artesanato no Bioparque
Desde a reabertura do Bioparque, realizada no mês de maio, o parque conta com um espaço dedicado ao artesanato fixo com duas barracas de madeira. Os produtos artesanais buscam a essência amazônica.
De acordo com o diretor-presidente do Bioparque, Marcelo Oliveira, é importante incentivar o empreendedorismo, principalmente os que ressaltam as belezas naturais amazônicas.
“As artesãs fazem parte da família do Bioparque. Os visitantes acabam levando para casa uma lembrança do local, retratada através de um trabalho incrível que destaca a beleza amazônica. Nossa missão também é social, vai além de lazer e educação ambiental. Também vamos ampliar o projeto, para que outras pessoas possam participar’’, enfatiza o gestor.
A comercialização dos artesanatos é realizada de quarta a domingo, das 9h às 17h. As barracas ficam próximas à praça de alimentação do Bioparque.
Aline Paiva
Fundação Bioparque da Amazônia