BNDES sinaliza financiamento para construção do Parque Zoobotânico e Hospital em Macapá
O diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), José Henrique Paim Fernandes, recebeu o senador Randolfe Rodrigues (REDE) numa reunião, na sede do Banco no Rio de Janeiro, para tratar do financiamento de obras públicas em Macapá, entre elas a reestruturação do Parque Zoobotânico e do Hospital Metropolitano.
O encontro começou discutindo o futuro do Parque Zoobotânico de Macapá que há anos está sem reforma e sem estrutura alguma para se manter em funcionamento. O espaço de 107 hectares é o maior parque urbano do Brasil e aguarda reestruturação para voltar a ser como antes quando mantinha até duzentas espécies de animais, hoje são apenas 46.
Segundo Paim, há interesse da EMBRAPA em firmar parceria. “Existe a possibilidade de parceria para a criação de um pólo de pesquisa e a sugestão da EMBRAPA é chamar a prefeitura para ajudar a desenvolver a proposta”, disse. O diretor completou dizendo ainda que o Fundo Amazônia pode somar com a idéia.
Na reunião, Paim e Randolfe acertaram de reunir os representantes da EMBRAPA do Amapá e da representação nacional, esta semana em Brasília, para estabelecerem um cronograma de ações para iniciar a execução da proposta “.
A Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), também pode fazer parte dessa reestruturação. A idéia é promover graduação e pós-graduação no Parque que seria o cenário ideal para a realização de pesquisas. As novas propostas estarão na pauta do encontro em Brasília.
Nome – O encontro discutiu ainda a necessidade de mudar o nome de Parque Zoobotanico para Fundação Parque Ecológico Municipal. O nome “Zoobotanico” cria certa rejeição dos ativistas pela proposta de manter animais em cativeiro. Além disso, a mudança abre um leque de várias oportunidades como, por exemplo, a instalação de um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres e de um museu para visitação pública.
O parque abrigaria os animais doados que não têm destino. O projeto total de reestruturação está em torno de R$ 16 milhões.
Saúde – O Hospital Metropolitano de Macapá estava na pauta. A obra está 70% concluída, mas foi paralisada, mais de uma vez, por uma série de fatores, entre eles a Operação Pororoca da Polícia Federal que apontou irregularidades no uso dos recursos destinados a construção, em 2005. Para finalizar a construção e colocar o hospital em funcionamento ainda são necessários R$ 14 milhões. Na conta, há R$ 6 milhões repassados pela Caixa Econômica. Entretanto, é necessário ainda alocar a verba para a manutenção, equipamentos e contratação de equipe e o valor chega a R$ 8 milhões por mês.
A Prefeitura de Macapá batalha há anos atrás de parceiros que gerenciar a unidade “A ideia da prefeitura é buscar parceria com entidades filantrópicas interessadas em assumir a gestão” lembrou o senador Randolfe. A Fundação São Camilo já foi procurada pelo prefeito Clécio Luis, mas a direção argumentou que está em dificuldade financeira e que não há condições de assumir o compromisso.
Randolfe lembrou que há 50 anos não se constrói um novo hospital em Macapá e que já houve demonstração de interesse de grupos empresariais interessados em firmar Parceria Público-Privada com a intenção de assumir a gestão. Segundo o BNDES essa é uma alternativa fácil de viabilizar e há haveria, inclusive, interesse de uma empresa espanhola.
Um novo encontro com o prefeito, Clécio Luis, senador Randolfe Rodrigues, a direção do BNDES e representantes da empresa espanhola ficou agendado para ocorrer ainda esta semana, em Brasília.
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