Índia promete à África US$ 10 bilhões para reduzir exclusão digital
O primeiro-ministro indicou ainda que a Índia vai ajudar no estabelecimento de “parques industriais e de tecnologias de informação”, colocando o seu conhecimento à disposição dos países africanos. Em concreto, mencionou a rede de internet Pan-Africana, inaugurada em 2009 e que une 48 países com a Índia, e ainda que ajudará a criação de uma universidade virtual para o continente.
“Colocaremos à disposição os nossos ativos espaciais e tecnológicos. Utilizaremos as possibilidades da tecnologia digital para transformar o desenvolvimento, os serviços públicos, o governo, a resposta a catástrofes, a gestão dos recursos e a qualidade de vida”, acrescentou o líder indiano.
Além disso, Modi manifestou o compromisso da Índia – país que tem uma política de desenvolvimento e uso de patentes de genéricos – em facultar à África “medicamentos baratos” e “conhecimento médico”.
Destacou também a importância dos recursos energéticos do continente para a Índia e o seu desenvolvimento econômico.
A Cúpula Índia-África foi criada em 2008, em Nova Dálhi – um segundo encontro ocorreu em Adis Abeba, em 2011 – como um fórum de cooperação com o objetivo de “redefinir e revigorar” a histórica relação entre África e Índia, segundo o documento da sua fundação.
Esta terceira cimeira contou, entre outros, com a presença do presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, formalmente convidado pela Índia devido à importância da parceria e da cooperação entre os dois países, com o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo; o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, e os primeiros-ministros de São Tomé e Príncipe, Patrice Emery Trovoada, e de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário.