Amazonas é líder brasileiro em casos de tuberculose pelo quarto ano seguido
O Amazonas registrou no ano passado 67,2 casos de tuberculose a cada 100 mil habitantes, mais que o dobro da média do restante do país, que foi de 32,4 casos para cada 100 mil habitantes.
Esse número coloca o estado, pelo quarto ano seguido, em primeiro lugar no ranking das maiores taxas de incidência da doença no país.
Apenas um município amazonense, Uarini, não registrou caso de tuberculose no ano passado.
Até o fim de maio de 2017, 1.108 novos casos da doença foram registrados no estado, 70 a menos em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados são do Ministério da Saúde e foram divulgados nessa quarta-feira (7), pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.
A coordenadora estadual do Programa de Controle da Tuberculose da instituição, Marlucia Garrido, ressalta que não há um surto da doença no estado e que esse número alto de casos está dentro do esperado, já que houve melhora no diagnóstico.
Segundo Marlucia, a tuberculose é uma das doenças infecciosas que mais mata a população amazonense, desde o século passado. São mais de 100 óbitos por ano.
A falta de diagnóstico precoce e de tratamento são os principais fatores que contribuem para a alta incidência da doença no estado.
Pessoas que apresentem tosse por mais de três semanas devem procurar imediatamente um medico. Outros sintomas associados a tuberculose são falta de apetite, febre no final da tarde ou início da noite, perda de peso, sensação de fraqueza e suor noturno.
O tratamento da doença, oferecido gratuitamente na rede pública de saúde, é feito com antibióticos e dura, no mínimo, seis meses. O paciente não deve interrompê-lo mesmo que os sintomas desapareçam.
