Conta de luz, combustíveis e comida aliviam bolso do brasileiro e causam a 1ª inflação negativa em 11 anos

IPCA marcou -0,23% em junho, o nível mais baixo para o mês desde o início do Plano Real

A inflação oficial — medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — ficou em -0,23% em junho, o que representa a primeira marca negativa registrada em todos os meses desde 2006, ou seja, há 11 anos. Também significa a menor taxa desde agosto de 1998 e o mais baixo nível para um mês de junho desde o início do Plano Real em 1994.

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (7). Na prática, o bolso do brasileiro ficou mais leve em junho, uma vez que produtos e serviços pesaram menos no orçamento doméstico.

O resultado de junho se deveu às quedas expressivas dos preços de produtos e serviços para se alimentar, morar e se transportar.

A energia elétrica teve uma queda média de 5,52% no mês passado (após subir 8,98% em maio). De acordo com o instituto, isso se deveu, principalmente, à passagem da bandeira vermelha para a verde, que significa uma redução de R$ 3,00 a cada 100 kWh consumidos.

Já no setor de transportes, os combustíveis recuaram 2,84% no mês passado. O IBGE ressaltou as duas reduções seguidas no preço da gasolina, autorizadas pela Petrobras, no final de maio e em junho, além do recuo de 4,66% no litro do etanol.

No setor de alimentação, responsável por um quarto da formação do índice de inflação, houve queda de 0,5% nos preços. A principal notícia positiva veio da diminuição dos custos da alimentação em casa (-0,93%). Também tiveram quedas significativas o tomate, batata-inglesa e frutas.

A coordenadora do IPCA, Segundo Eulina Nunes, afirmou que “essa baixa nos preços reflete os resultados positivos da safra e os efeitos da redução no poder aquisitivo da população, que levam o comércio a fazer ofertas e promoções”.

O primeiro semestre de 2017 terminou com 1,18% de inflação, bem menos do que os 4,42% registrados em igual período de 2016. Em relação aos últimos 12 meses, o índice foi para 3%, abaixo dos 3,60% relativos aos doze meses imediatamente anteriores.

R7

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