Banco Mundial ajuda Tocantins a explorar turismo sustentável
Em parceria com o Banco Mundial, o governo do Tocantins implementará o projeto Desenvolvimento Regional Sustentável Integrado. Voltada para os setores de transporte, agricultura, pecuária, educação e, sobretudo, turismo, a iniciativa deverá beneficiar mais de 300 mil pessoas, incluindo 13 mil indígenas e 7,5 mil quilombolas. Programa incluirá a criação de um Observatório do Turismo, responsável por contabilizar visitantes do estado e monitorar serviços para viajantes.
“Hoje, as pesquisas sobre a qualidade do serviço turístico são feitas de maneira irregular, contando muito com a ajuda dos guias”, explica Mauricio Fregonesi, diretor da Unidade de Gerenciamento de Projetos do Estado do Tocantins. “Vamos implementar pontos fixos de pesquisa nas principais atrações turísticas, hotéis e outros locais públicos, permitindo que o visitante dê sua opinião com facilidade e quando melhor lhe convier.”
Com o Observatório, será implementada uma rede que divulgará dados para agências de turismo e a rede hoteleira. Após um primeiro momento de compilação das informações, os profissionais da instituição realizarão análises regulares para que empresas locais possam melhorar seus serviços.
A divulgação das pesquisas será feita em capacitações com funcionários do setor. A Secretaria de Turismo está desenvolvendo um aplicativo, que servirá de repositório das estatísticas.
Riquezas naturais
Destino número um do estado, o Parque Nacional do Jalapão recebeu melhorias na estrutura de seu entorno – como a reforma das praças – e capacitação para a população local que trabalha com turismo.
Outro local que vem passando por mudanças é o Parque Estadual do Cantão, uma área de cerca de 90 mil hectares que reúne três diferentes biomas: cerrado, floresta amazônica e pantanal. Nele, o projeto Desenvolvimento Regional Sustentável Integrado está ajudando a construir uma trilha de arvorismo e uma tirolesa.
O Tocantins, no entanto, quer ir além do turismo de aventura. O governo estadual está investindo no turismo de observação de aves, um filão que tem público específico e, em geral, de maior poder aquisitivo. “Já temos catalogada a lista de aves que fazem parte de nossa fauna. A ideia é produzir mapas de localização e capacitar guias para podermos oferecer pacotes aos interessados”, afirma Fregonesi.
Outro nicho a ser explorado é a pesca esportiva. Banhado pelo Rio Tocantins e com vários lagos de fácil acesso, o estado recebe hoje cerca de cem turistas — e pescadores — por ano, grande parte interessada no tucunaré-azul, espécie nativa da Bacia Tocantins-Araguaia. Atualmente, a pesca ocorre de maneira irregular e com pouco investimento na preservação das espécies.
A Secretaria de Turismo está organizando uma publicação sobre a prática, o que permitirá que a atividade continue a ser realizada, mas de maneira a não provocar um desequilíbrio no meio ambiente.
Veja íntegra no site da ONU