Edutechs: startups de educação começam a transformar o ensino
Plataformas de educação buscam difundir o conhecimento por meio de experiências, nas quais a tecnologia é ferramenta fundamental. Modelo tende a mudar o papel do professor no processo, que passará a ser o de orientar os alunos para o uso adequado dos avanços
O modelo de educação brasileiro está ultrapassado. Focado na absorção de disciplinas teóricas, por meio de decorar datas e fórmulas, com poucos aspectos reflexivos e críticos ou relacionados à inserção no mercado de trabalho, afasta estudantes das salas de aula. A reversão desse quadro depende da multiplicação de experiências exitosas com o uso de tecnologia, como as edutechs — startups ligadas ao setor. Com propostas interativas e personalizadas, esse modelo de ensino possibilita que estudantes encarem a didática com outros olhos.
Atualmente, as edutechs representam cerca de 12% do mercado das startups — a maior fatia do setor —, segundo dados da ABStartups, associação que representa o segmento. Para o presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (Aspa-DF), Luis Cláudio Megiorin, a tendência é de crescimento desse modelo e de mudança no papel do professor no processo. “Ele vai ser um facilitador e um orientador, neste primeiro momento, para o uso adequado da tecnologia”, analisa.
A proposta de uma das principais edutechs brasileiras, a Nave à Vela é criar espaços tecnológicos para os alunos por meio de parcerias com instituições de ensino. São salas temáticas, chamadas de “espaço makers”, que proporcionam uma educação baseada na inovação e na interação. “Nada mais é do que um espaço cheio de tecnologia. Tem várias bancadas de trabalho, com direito a impressoras 3D, e os alunos são incentivados a construir projetos”, explica Lucas Torres, executivo da Nave à Vela.
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