Cinco objetos pouco valorizados, mas imprescindíveis em qualquer viagem
Passei a maior parte dos últimos cinco anos como um nômade digital, vivendo e trabalhando em mais de 40 países; por causa disso, prefiro viajar levando só o essencial. Também já experimentei em sem-fim de dispositivos de viagem, só para descobrir que a maioria não passa de desperdício de dinheiro e espaço. Melhor ficar com os cinco que listo aqui – universalmente úteis, mesmo que um tanto surpreendentes. Não saio de casa sem eles.
Uma boa caneta
Caneta é uma daquelas coisas que você só vê quando não precisa. E quando quer uma, não acha. Por exemplo, muitos países exigem o preenchimento de um cartão de imigração antes da entrada; o pessoal da aérea já entrega o documento durante o voo, mas a caneta, não.
Claro que você pode esperar até chegar ao balcão da imigração para tentar achar e usar uma daquelas esferográficas amarradas na correntinha – que muito provavelmente vai estar sem tinta. Com isso, quando conseguir preencher tudo, o pessoal todo com quem voou estará na sua frente na fila da alfândega, na travessia do terminal, na esteira das bagagens. Tem também os postais para mandar para casa e/ou assinatura de recibos. E vai saber, talvez você encontre alguém desesperado atrás de uma caneta. Parece simples e óbvio, mas é tão útil – e, no entanto, pouca gente se lembra de levar.
Um celular desbloqueado para acessar a internet em todo lugar
Viajar com um telefone que funciona em todo lugar é outra coisa. Poder postar nas redes sociais e falar com os amigos e a família é ótimo, mas ter acesso rápido ao Google Maps e o Translate transforma a experiência de qualquer um. Ter a possibilidade de reservar um novo voo ou hotel se houver um imprevisto pode salvar as férias.
Por exemplo, eu estava em uma ilhota em Fiji quando fiquei sabendo que o ciclone que estava chegando tinha se intensificado durante a noite, promovido a Categoria 3, e que teríamos que sair dali. Graças ao telefone, consegui reservar imediatamente um dos últimos quartos na ilha principal; quase todo o resto do pessoal teve que esperar na fila da administração do resort para poder usar um dos poucos computadores e enfrentar uma conexão lenta.
O importante é ter acesso à internet; se for rápido, melhor ainda. Basta ir a uma agência da operadora e pedir que seu celular seja desbloqueado; aí, é só comprar um cartão SIM local no país que estiver visitando. O aparelho funcionará como se você o tivesse comprado ali, com direito a dados em alta velocidade e chamadas locais de graça, dependendo da versão que adquirir. No geral, custa US$20, à venda nas máquinas e quiosques de aeroporto – se bem que nas lojas especializadas do centro podem ser mais baratos.
Se seu plano for T-Mobile ou Sprint, seu telefone deve funcionar em praticamente todos os países, embora bem lentamente, o que significa que um SIM local talvez ainda seja vantagem. Os planos de dados internacionais da Verizon e AT&T são muito caros e oferecem apenas alguns dias de acesso pelo mesmo preço de um cartão local, que pode ser utilizado durante toda a viagem. Se tiver comprado o plano de uma dessas duas, procure saber se pode desbloquear o aparelho e se ele funciona fora dos EUA (os da Verizon já devem vir desbloqueados). O Google Fi tem incluído um plano de dados internacional; nesse caso, não vai precisar do cartão.
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