Nave chinesa com três astronautas se acopla à nova estação espacial
Missão vai durar três meses
A nave espacial chinesa que partiu no início do dia de hoje (17) com uma tripulação de três pessoas já se acoplou à nova estação espacial da China, para uma missão de três meses, informa a imprensa estatal chinesa.
A nave Shenzhou-12 acoplou no módulo residencial da estação espacial Tianhe cerca de seis horas depois de ter descolado.
A tripulação chinesa vai realizar experiências científicas, trabalhos de manutenção, caminhadas espaciais e preparar a instalação de dois módulos adicionais.
Embora a China admita que chegou tarde à corrida das estações espaciais, o país assegura que as suas instalações são de ponta e podem durar mais que a Estação Espacial Internacional, que está chegando ao fim de seu período útil.
A iniciativa de hoje também relança o programa espacial tripulado da China, após um período de cinco anos.
Com a tripulação de hoje, a China aumenta para 14 o número de astronautas que enviou ao espaço, desde que alcançou o feito pela primeira vez, em 2003, tornando-se o terceiro país a fazê-lo, depois da antiga União Soviética e dos Estados Unidos (EUA).
À medida que a economia chinesa começou a ganhar força, no início dos anos 90, a China formulou um plano para a exploração espacial, que executou numa cadência constante e cautelosa.
Embora o país tenha sido impedido de participar da Estação Espacial Internacional, principalmente devido às objeções dos EUA, que apontam a natureza pouco transparente do programa chinês e suas estreitas ligações às Forças Armadas, a China avançou com a construção da sua própria estação, visando alcançar o estatuto de potência espacial.
Nessa quarta-feira (16), o diretor-assistente da Agência Espacial Tripulada da China, Ji Qiming, disse aos jornalistas, no centro de lançamento de Jiuquan, que a construção e operação da estação espacial elevarão as tecnologias da China e “acumularão experiências úteis para todas as pessoas”.
O programa espacial é parte de um esforço geral para colocar a China no caminho para missões ainda mais ambiciosas e fornecer oportunidades de cooperação com a Rússia e outros países, principalmente europeus, juntamente com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral.
O programa chinês tem sido fonte de orgulho nacional, mostrando a ascensão desde a pobreza até se tornar a segunda maior economia do mundo, nas últimas quatro décadas.
RTP