Refugiadas e migrantes venezuelanas concluem, nesta quinta, em Boa Vista, projeto que incentiva abertura do próprio negócio
Nesta quinta-feira, dia 22 de fevereiro, a partir das 13h30, acontecerá a solenidade de encerramento do projeto “Mujeres Fuertes”, em Boa Vista, beneficiando 49 mulheres refugiadas e migrantes venezuelanas com incentivo ao empreendedorismo e para elas abrirem o próprio negócio na área gastronômica. O evento ocorrerá na sede do Sicredi, localizado na Av. Ville Roy, 5480, bairro Centro.
Durante a execução do projeto, as beneficiárias participaram de uma série de treinamentos e cursos de qualificação profissional, formação empreendedora e alternativas para geração de renda, fortalecimento do apoio psicossocial, construção de autonomia e empoderamento, marketing, gestão de negócios, entre outros.
Essa é a segunda edição do projeto “Mujeres Fuertes” em Boa Vista, impactando diretamente 49 mulheres e indiretamente 140 pessoas, entre familiares e dependentes das participantes. Além disso, a média de filhos por participante é de dois.
Depois de concluir os cursos, mais de 50% das participantes já empreendem em suas casas, como meio de geração de renda para o sustento de seu núcleo familiar. Outro destaque é que as participantes foram incentivadas a formalizarem seu negócio com a inscrição no Microempreendedor Individual (MEI) e a criarem uma logomarca para impulsionar seus empreendimentos.
“Todas essas ações são importantes para que elas alcancem autonomia financeira. O Projeto Mujeres Fuertes vem mudando a realidade de mulheres refugiadas e migrantes venezuelanas, que chegam no Brasil sem perspectiva. Após os cursos e treinamentos do projeto, elas podem garantir independência financeira, de forma autônoma, e ainda com tempo para se dedicar aos cuidados com os seus filhos”, comentou a coordenadora do projeto, Ana Vasconcelos.
Executado pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) de Roraima, o ‘Mujeres Fuertes’ é coordenado pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Hermanitos, com verba oriunda de reversão trabalhista do Ministério Público do Trabalho do Amazonas-Roraima (MPT AM/RR). O projeto tem apoio do Tribunal Regional da 11ª Região (TRT 11° Região), da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da ONU Mulheres e da Operação Acolhida.
O Mujeres Fuertes surgiu em Manaus por meio do Hermanitos, instituição que acolhe e desenvolve uma série de atividades em prol de migrantes e refugiados venezuelanos. Na capital amazonense, a iniciativa já beneficiou 250 mulheres. Podem participar do projeto, apenas mães solos e que são responsáveis pelo sustento de seus filhos. Para saber mais, acesse: hermanitos.org.br.