Cléo Farias de Araújo: Noite de um Olimpo musical

Em razão da decisão em dar apoio ao não fechamento do site do Chico Terra, um grupo de respeitáveis artistas se uniu e fez, ontem, no Barril, uma noite de desfile musical. Para isso ser possível, o rapaz crescido no bairro do Trem, telefonou a cada um dos participantes, que se prontificaram em somar para a satisfatória empreitada.
Carlos Augusto Gomes cedeu o estúdio e os músicos e cantores se debruçaram na empreitada.
Djavan se apresentou por primeiro, obedecendo sugestão do Chefe do Olimpo Musical Amapaense, Joaquim França.
The Beatles, compareceram na voz de Sinatra, com “The long and winding Road”, secundada por ”Somos todos iguais nesta noite”, de Ivan Lins. Fernando Canto e os demais Pilões da nossa cultura, mandaram bem, com seu grande sucesso “Quando o pau quebrar” e outra canção folclórica, cujo nome não recordo.
O guitarrista da banda Yesterday Hits, mesclou-se a Djavan, interpretando “Teu corpo e o rio”, canção autoral, feita, às margens do Atlântico, para as curvas de uma morena nascida em Belém, mas que mora em Macapá. Em seguida, encenou The Platters, com “Only you” e Tim Maia, com “Não quero dinheiro, só quero amar”.
Brian Adams amapaense, também crooner da banda Yesterday Hits, deu uma de Paulinho, do Roupa Nova e mandou “Volta pra mim” e “Wisky a gogo”, incitando o povo aos refrões das páginas musicais que interpretou.
O anfitrião, que, durante a semana, badalou o show, surgiu no palco fardado de uma mescla de Fagner “Quem me levará sou eu”, Chico “As vitrines” e chamou o aveludado timbre da Gal Costa, no ato, personificada por Deize Pinheiro, pra fazerem “Samba em prelúdio”. Por sinal, ela deixou a plateia sem respirar, com suas notas perfeitas.
Marcão se apresenta, acompanhando-se, ao violão, Sua voz encorpada fez-me lembrar dos festivais que participei.
E sobre ao palco, o camaleão Neivaldo, que, de início, em dueto com o magistral piano do diretor do show, encaminhou os presentes ao deleite sonoro. Mas revelou outras belas canções. Finéias encerrou o show, cantando músicas do cancioneiro popular brasileiro. E a noite, generosa com os participantes, colaborou com sua cálida brisa de um verão em pleno inverno.
O que se viu, no show, foi um incansável e eficiente Jucicleber, cumprindo, à risca, aquilo a que se propunha. O público, em festa, se deliciando com tanta música de qualidade e artistas, solidários à causa magnífica de ajudar um divulgador da cultura amapaense.
Que venham mais eventos dessa natureza e que a arte, enfim, possa caminhar, unindo todas as bandeiras.

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