Tribo indígena da Amazônia possui os corações mais saudáveis do mundo

Os bolivianos Tsimané possuem artérias 28 anos mais jovens que os americanos

Tribo Tsimané. Foto: Michael Gurven

RIO — No meio da Floresta Amazônica boliviana, um grupo de indígenas passa o dia caçando, pescando ou trabalhando em lavouras. Para a ciência moderna, esse estilo de vida pode, em parte, explicar a saúde cardíaca dos Tsimané. De acordo com um estudo divulgado na sexta-feira, essa população possui os corações mais saudáveis do planeta, com os menores níveis de calcificação das artérias já registrados. Segundo a estimativa, um tsimané de 80 anos possui a mesma idade vascular que um americano com pouco mais de 50.
— Na média, os adultos da tribo Tsimané possuem artérias que são cerca de 28 mais jovens que os ocidentais — disse Randall Thompson, cardiologista do Hospital de St. Luke, em Kansas City, e coautor da pesquisa publicada na revista “Lancet”.

Os Tsimané têm população estimada em cerca de 6 mil membros, que vivem no Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure, entre os departamentos de Beni e Cochabamba. No estudo, os pesquisadores visitaram 85 tribos entre 2014 e 2015. Eles mediram o risco de doenças cardíacas realizando tomografias computadorizadas em 705 adultos, com idade entre 40 e 94 anos, para avaliar a extensão do enrijecimento das artérias coronárias, além de medirem peso, idade, frequência cardíaca, inflamações e níveis de colesterol e glicose no sangue.

Com base nos resultados das tomografias, os pesquisadores descobriram que quase nove entre dez tsimanés — 596 dos 705 voluntários, ou 85% — não tinham risco de doença cardíaca; 89 (13%) tinham baixo risco; e apenas 20 indivíduos, o que representa 3% da amostra, tinham risco moderado ou alto.

 

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