Do G1 AP: Negros recebem em média R$ 260 a menos que brancos no Amapá, aponta estudo

Indicadores mostram que, apesar do dado, reduziu a desigualdade social por raças nos últimos dez anos no estado. Pesquisa também mostrou comparação entre homens e mulheres.

John Pacheco

Apesar de índices satisfatórios na educação e na ocupação no mercado de trabalho, a renda mensal per capita da população negra no Amapá ainda é, em média, R$ 263,42 menor que a dos brancos.

As informações são de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com a Fundação João Pinheiro (FJP) e com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado nesta semana.

O estudo analisa o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e outros dados socioeconômicos por cor, sexo e domicílio dos anos censitários de 2000 e 2010, para mostrar como a vida dos brasileiros mudou ao longo da década.

O IDHM da população negra passou de 0,555 (baixo) em 2000 para 0,696 (médio) em 2010, com alta de 25,41%. O IDHM vai de 0 a 1 e o desenvolvimento humano é considerado baixo quando oscila de 0,5 a 0,599; médio de 0,6 a 0,699; alto de 0,7 a 0,799; e muito alto de 0,8 a 1.

A população branca teve crescimento menor na década, de 20,10%, mas o IDHM se manteve superior ao dos negros, passando de 0,627 em 2000, para 0,753 em 2010.

Nas áreas avaliadas pelo estudo, os indicadores apontam maior expectativa de vida para os brancos, que vivem em média 75,1 anos, contra 73,2 dos negros. No mercado de trabalho, a taxa de desemprego da população negra é 1,3 ponto percentual maior.

Comparação por sexo

Nos últimos dez anos, a mulher permaneceu recebendo em média menos que o homem, porém, os rendimentos médios de ambos aumentaram. Em 2010, a mulher recebeu 178,95, o que equivale a 87% do salário médio do homem.

Apesar de receberem menos, 12,72% das mulheres amapaenses têm curso superior completo, contra 8,95% dos homens, além disso, a taxa de analfabetismo de pessoas acima dos 18 anos atinge 9,07% das mulheres contra 8,63% dos homens.

A longevidade da mulher também é superior à do homem, onde elas têm 78,1 anos de expectativa de vida, contra 69,3 deles.

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